Autor: Arthur Melo
O ingresso no ensino superior em Portugal possui uma vasta rede de apoio aos alunos, que vão desde a atribuição de bolsas de estudo, apoio ao alojamento ou à promoção da saúde mental, e apesar do aumento da procura, os mesmos continuam a ser do desconhecimento de uma grande parte da população estudantil.
Esta foi uma das principais conclusões tiradas ontemno encerramento dos primeiros dois painéis do XIV Encontro Nacional de Provedores do Estudante que está adecorrer em Ponta Delgada.
Provedores do Estudante de grande parte das academias portuguesas, docentes e dirigentes das universidades e alunos estão reunidos na Universidade dos Açores (UAc), sob o tema central a abordar questões, sob o tema central “O bem-estar do Estudante do Ensino Superior”, como a ação social, desporto universitário, saúde mental, nutrição, estudantes internacionais e boas práticas no acolhimento destes e de todos os novos estudantes.
Na ocasião, o diretor-geral da Direção Geral do Ensino Superior, Joaquim Mourato, esclareceu que os apoios existem, versam sobre todas as temáticas que estão em reflexão em Ponta Delgada e, apesar do aumento da procura destes apoios que visam o bem-estar do estudante no ensino superior, ainda há muitos que os desconhecem, cabendo por isso às universidades o papel de mensageiro para que os estudantes possam tirar partido destes apoios.
Programa de Promoção de Sucesso e Redução do Abandono Superior; Criação Centros de Excelência e Inovação Pedagógica; O Programa de Promoção de Saúde Mental no Ensino Superior; Cheques psicólogo/nutricionista; Alojamento Já; Plano Nacional do Alojamento no Ensino Superior; Ação Social Direta e Indireta; e Promoção da prática desportiva em contexto de Ensino Superior (FADU, UAARE Superior) são osprogramas existentes e àdisposição dos alunos do ensino superior, muitos deles desconhecidos da populaçãoestudantil e que concorrem todos para um único fim: obem-estar do estudante no ensino superior.
A divulgação destas ferramentas cabe às universidades e, neste aspeto, o Provedor do Estudante pode, em conjugação dos serviços de Ação Social das academias, constituir um meio de informação fundamental para que os diversos programas existentes possam chegar a um maior número de destinatários.
No caso das universidades, todas sem exceção trabalham com este propósito, seja pela figura da Ação Social, mas também pelas atividades de boas-vindas que cada uma promove anualmente.
No caso da UAc, e para além do Dia Aberto - destinado aos novos alunos e aos seus familiares -, o primeiro mês do ano letivo é preenchido com atividades de receção e apoio. No entanto, e como revelou Adolfo Fialho, este trabalho começa a ser desenvolvido ainda antes do ingresso no ensino superior. O vice-reitor da UAc adiantou que a universidade, acompanhada de alunos, realiza sessões de apresentação e de esclarecimentos em todas as escolas secundárias da Região (por exemplo, no último ano só não foi realizada uma ação do género no Corvo), motivando os alunos a prosseguir os estudos no ensino superior, ao mesmo que apresentam a oferta formativa da academia e os apoios existentes para o efeito.
De acordo com Adolfo Fialho, este é a primeira ação de integração que a UAc promove, promovendo iniciativas diversas não apenas no primeiro mês de aulas, mas por todo o ano letivo.
O trabalho de integração é promovido e desenvolvido pelos núcleos de alunos que a maioria das faculdades da UAc tem constituídos, mas também pelas 11 tunas universitárias existentes e, também, pela Comissão de Veteranos. Estas atividades, acrescenta ainda o vice-reitor, não apenas são desenvolvidas nos campus da academia açoriana, mas também nos espaços das três residências estudantis.
O
XIV Encontro Nacional de Provedores do Estudante termina no dia de
hoje, no Anfiteatro IX da UAc (situado no edifício da Escola Superior de
Saúde) e vai contar com a presença do Ministro da Educação, Ciência e
Inovação, Fernando Alexandre.
Provedor recebe queixas de alunos, aprecia e faz recomendações
Teresa
Ferreira desempenha as funções de Provedora do Estudante da
Universidade dos Açores e, no âmbito das suas competências, aprecia,
embora não dispondo de poder
decisório, as queixas dos alunos,
emitindo as recomendações que houver por necessárias.
Na UAc, Teresa Ferreira reconhece que os alunos não recorrem “tanto como seria o desejável” à figura do provedor. “Os pedidos de apoio não são assim tão significativos, mas são muito variáveis”, destacando a provedora que a maioria das queixas prendem-se com insatisfação dos alunos com as respostas prestadas por determinados serviços ou as oportunidades de avaliação proporcionadas pelos docentes.