Açoriano Oriental
Sismo em Itália
Aldeias do centro de Itália destruídas quase por completo
Aldeias inteiras ficaram quase completamente destruídas depois do sismo de magnitude 5,8 Richter que esta segunda-feira de madrugada abalou o centro de Itália, disseram testemunhas citadas pela imprensa italiana.
Aldeias do centro de Itália destruídas quase por completo

Autor: LUSA/AO Online

Mais de 50 pessoas morreram, de acordo com o mais recente balanço provisório, e milhares de pessoas ficaram desalojadas na região de Abruzzo (centro), em resultado do sismo que se registou às 03:32 (02:32 em Lisboa).

"Há pânico. Há aldeias destruídas quase por inteiro. As mães, os filhos, as mulheres, saímos todos", afirmou um dos sobreviventes em declarações ao diário Corriere dell Sera.

"Não sei quantas pessoas ficaram debaixo dos escombros. Eu estava com a minha mulher na cama no segundo andar. No primeiro estavam a minha mãe e os meus filhos. Todos os tectos caíram. Nem sei como conseguimos sair com vida", acrescentou.

Outro sobrevivente, Guido Mariani, explicou ao diário italiano La Repubblica que esteve "três horas debaixo dos escombros" e que "felizmente" as vigas impediram que um muro lhe caísse em cima.

Mariani relatou que aqueles que o salvaram estavam a retirar os escombros com as mãos, sem qualquer protecção, e disse desconhecer quantas pessoas estavam soterradas no aglomerado de casas junto da sua.

Natalia Amoroso, uma jovem estudante da cidade de Aquila - a localidade mais afectada - soube do que se passou durante a madrugada através de amigas.

"Eu passei a noite em Lanciano, mas falei com amigas minhas do Instituto que me disseram que só querem sair dali, mas não podem porque as ruas estão bloqueadas", disse, citada pela imprensa.

"Segundo me contaram, o nosso Instituto ficou danificado e há outros edifícios que ruíram por completo", acrescentou.

Loredana di Stefano dormia na sua casa em Lanciano, também na região de Abruzzo, quando ocorreu o sismo e acordou com "as portas dos armários a bater e os candeeiros a balouçar", contou.

Em Aquila, Maria Francesco contou à agência noticiosa francesa AFP que o sismo desta madrugada a fez pensar no apocalipse: "Há três meses que havia abalos aqui e que eram cada vez mais fortes. Esta noite foi o apocalipse, a nossa casa ruiu, ficou destruída, não podemos recuperar nada", relatou ao jornalista, encostada ao seu carro, também completamente destruído.

No centro da cidade, dezenas de socorristas procuram sobreviventes nos escombros de um edifício de quatro andares completamente destruído.

Na mesma rua, mais acima, quatro estudantes morreram nos escombros do prédio onde dormiam, a "Casa dei studenti".

Segundo a Protecção Civil italiana, cerca de 10.000 habitações foram afectadas pelo sismo.

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