Açoriano Oriental
Educação
Professores concentram-se à porta do primeiro-ministro
O Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE), afecto à Federação Nacional dos Professores (Fenprof), realiza esta terça-feira uma concentração junto à residência do primeiro-ministro, em protesto contra atrasos na actualização salarial dos docentes que ensinam no estrangeiro.
Professores concentram-se à porta do primeiro-ministro

Autor: Lusa/AO Online

Os docentes vão lembrar que a actualização salarial, acordada com o ministério da Educação, deveria ter efeitos a Janeiro de 2009, mas até à data ainda não foi publicado o diploma que a permite.

Pelo mesmo motivo está comprometida para já a inclusão de um subsídio de alimentação, diz o sindicato.

O SPE critica também o "grande aumento" do número de horários incompletos, sobretudo em França e no Reino Unido, o que afirma ter "óbvias consequências no salário dos docentes", já que os obriga a transformar a profissão "em uma de várias actividades".

O protesto pretende-se ainda com o atraso na publicação em Diário da República do Regime Jurídico do Ensino de Português no Estrangeiro, o que, segundo o sindicato, "tem efeitos negativos" dada a proximidade do próximo ano lectivo e a necessidade de organização de acordo com as novas regras.

Segunda-feira, também a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) e o Ministério dos Negócios Estrangeiros reuniram para discutir os problemas que afectam o ensino de português no estrangeiro.

Após a reunião que manteve com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, o secretário-geral FNE, João Dias da Silva, adiantou à Lusa que o Governo garantiu já ter "assinado o despacho que determina o crescimento salarial em 2,9 por cento com direito ao pagamento de retroactivos desde 01 de Janeiro de 2009".

Disse igualmente que na reunião foi dada a garantia de que o Governo iria proceder a separação dos subsídios de alimentação do valor da remuneração destes professores "com efeitos a partir de Setembro de 2009".

Tanto o secretário-geral do SPE, Carlos Pato, como o dirigente da Fenprof, Mário Nogueira, desvalorizaram segunda-feira estes 'avanços', garantindo que a concentração junto à residência do primeiro-ministro iria manter-se até que o Governo lhes desse garantias de que "efectivamente resolveu os problemas".

"O que foi dito hoje [segunda-feira] à FNE não é nada de novo e nos não queremos uma resposta dada pela FNE. Queremos que um responsável do Governo nos garanta que efectivamente os problemas estão resolvidos", frisou o dirigente da SPE.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados