Açoriano Oriental
Criminalidade baixa quase 20% em Rabo de Peixe nos primeiros oito meses de 2025

Rabo de Peixe registou uma descida de cerca de 20% na criminalidade geral entre janeiro e agosto de 2025, segundo a PSP. Crimes graves continuam raros, enquanto ofensas simples à integridade física representam 25% do total

Criminalidade baixa quase 20% em Rabo de Peixe nos primeiros oito meses de 2025

Autor: Filipe Torres

A Vila de Rabo de Peixe registou, entre janeiro e agosto deste ano, uma descida de cerca de 20% na criminalidade geral, em comparação com o mesmo período de 2024.
Ao Açoriano Oriental, o porta-voz do Comando Regional dos Açores da Polícia de Segurança Pública (PSP), comissário Eurico Machado, afirmou tratar-se de um dado “bastante positivo”, que se insere no objetivo de diminuir ao máximo a criminalidade.

O comissário explicou que os crimes violentos representam cerca de 25% da criminalidade em Rabo de Peixe, sendo a maioria ofensas simples à integridade física, ou seja, agressões menos graves. Já os crimes mais graves, como homicídios, roubos violentos ou ofensas qualificadas, não chegam a 5% do total. 

“Não temos registo deste tipo de crime em concreto da questão do homicídio em Rabo de Peixe nem em 2025 nem em 2024, seja na forma tentada, seja na forma consumada”, sublinhou.

Entre os crimes mais comuns destacam-se os furtos, já as ocorrências violentas predominam as ofensas simples à integridade física.

Quanto à criminalidade relacionada com tráfico de estupefacientes, também se verifica uma tendência de diminuição, acompanhando a evolução geral da criminalidade na vila.
Quanto à distribuição geográfica da criminalidade, não há ruas ou bairros que se destaquem de forma clara. A criminalidade está espalhada por toda a vila, mas tende a ser mais frequente em áreas com maior densidade populacional, seja residente ou flutuante, como junto a estabelecimentos comerciais. 

“É semelhante à de outras localidades, porque onde há mais pessoas, há naturalmente mais oportunidades para o crime”, explicou Eurico Machado, acrescentando que esta é uma tendência que se verifica em cidades e vilas de todo o país.

O porta-voz destacou ainda que a maioria dos crimes é cometida por adultos do sexo masculino, sendo a participação dos jovens bastante residual. Sublinhou a importância do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP) da PSP, através de programas como Escola Segura, Idosos em Segurança e Comércio Seguro. 

Sobre a Escola Segura, disse: “Incidimos sobretudo na população jovem, com ações de sensibilização, patrulhamento e presença junto das escolas.” Estes programas, segundo o comissário, têm contribuído para reduzir a participação dos jovens na criminalidade e aumentar a cooperação com a comunidade.

Apesar de Rabo de Peixe não dispor de sistema de videovigilância, a PSP desenvolve operações regulares de fiscalização rodoviária e de combate à criminalidade, incluindo buscas domiciliárias e apreensões de droga, cujos resultados têm sido comunicados publicamente.

Em Rabo de Peixe, a questão da segurança é sentida de forma muito particular. Numa localidade que tem ainda na memória, por exemplo, o caso da violência na creche este ano. Quanto ao sentimento de segurança da população, Eurico Machado admitiu que a PSP não consegue medi-lo de forma exata. 

“A população, melhor do que ninguém, poderia responder a essa questão”, disse, lembrando que só um estudo aprofundado poderia dar uma resposta concreta. Ainda assim, sublinhou que o feedback da população é “muito positivo”, sobretudo devido ao policiamento de proximidade. Os programas têm tido impacto junto dos mais jovens, dos idosos - “público mais vulnerável”- e também no comércio local, onde os agentes atuam numa ótica pedagógica.

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