Açoriano Oriental
Vice-presidente do Governo Regional insiste que açorianos devem reformar-se na “idade justa”

O vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, defendeu que os açorianos devem reformar-se na “idade justa”, menos dois anos e oito meses do que um português do continente

Vice-presidente do Governo Regional insiste que açorianos devem reformar-se na “idade justa”

Autor: Lusa/AO Online

Recuperando a anteproposta do Governo Regional sobre a idade da reforma no arquipélago, Artur Lima lembrou que a esperança média de vida nos Açores é inferior à da registada em Portugal continental.

“Nós vivemos menos na esperança de vida à nascença e na esperança de vida a partir dos 65 anos. E aqui entra a responsabilidade do Estado português na nossa qualidade de vida, enquanto responsável pela equidade dos seus cidadãos, quer vivam no Corvo ou em Lisboa”, afirmou Artur Lima na abertura da iniciativa “Rumo às Blue Zones: Como a Transformação Digital Promove a Longevidade”, organizado pelo INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores e que decorreu em Ponta Delgada.

O parlamento dos Açores aprovou em março uma anteproposta de lei do Governo Regional para adaptar o regime de acesso à pensão que reduz a idade de reforma dos açorianos para 64 anos e três meses.

Citado numa nota do Governo Regional, Artur Lima reforçou hoje que os açorianos devem reformar-se “na idade justa, e a idade justa são menos dois anos e oito meses do que um continental”.

“É uma questão de justiça. De equidade social. É um direito”, salientou.

O governante falou ainda dos desafios demográficos e de saúde pública da região, referindo que é necessário existir “uma vontade abrangente, global, da criança ao avô, incluindo agentes políticos, económicos, financeiros e sociais” para “se mudar estruturalmente a sociedade”.

Nos Açores, continuou, “os idosos vivem com mais qualidade de vida” do que em Portugal continental”, pois “existiu uma boa aposta, contínua, na resposta social nos lares, nas IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] ou nos centros de dia”.

No entanto, essa aposta tem também de ser feita "em áreas estruturais, nomeadamente nos fatores que determinam a esperança de vida”, defendeu, considerando o programa “Novos Idosos” como “absolutamente estrutural” para os Açores.

O programa, disse, permite “envelhecer em casa, com qualidade de vida, junto da família e da sua comunidade e dos seus pertences”, sendo que “este é um passo a caminho das 'blue zones'”, zonas onde o número de pessoas que atinge os 100 anos é significativo.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies: ao navegar no site está a consentir a sua utilização.
Consulte os termos e condições de utilização e a política de privacidade do site do Açoriano Oriental.