Açoriano Oriental
Saúde
Um ano de pílulas e preservativos gratuitos em serviços públicos
Os serviços de saúde públicos vão alargar a distribuição gratuita de pílulas e preservativos em quantidade para fazer contracepção até um ano, bem como facilitar a sua entrega, dispensando da consulta médica os utentes que tiverem ido ao médico no último ano.
Um ano de pílulas e preservativos gratuitos em serviços públicos

Autor: Sandra Moutinho e Paula Lagarto, Lusa/AO online
A medida já foi comunicada aos serviços através de normas da Direcção-Geral da Saúde que espera assim solucionar os problemas detectados na área do planeamento familiar e, a médio e longo prazo, reduzir as gravidezes indesejadas e, logo, as Interrupções Voluntárias da Gravidez (IVG).

    Em entrevista à Agência Lusa, o director-geral da Saúde anunciou que a entrega dos anticoncepcionais poderá ainda realizar-se através de terceiros.

    No balanço do primeiro ano de aplicação da lei que permite a IVG até às dez semanas, a pedido da mulher, Francisco George reconheceu que ainda existem problemas na organização dos serviços de planeamento familiar.

    Um estudo recente da DGS sobre a IVG revelou que 70 por cento das mulheres que fizeram a interrupção não tinham ido às consultas de planeamento familiar no último ano, "o que demonstra que há um trabalho que precisa de ser intensificado", disse.

    Para Francisco George, "não fazia sentido impor a uma mulher a ida a um centro de saúde ou a um hospital apenas para pedir uma, duas ou mesmo três embalagens de pílulas".

    O Director-Geral da Saúde está convencido de que esta é "uma medida simples que vai melhorar muito a situação".

    "Temos que investir muito no planeamento familiar porque temos que reduzir as gravidezes indesejadas, pois são estas que estão na origem dos pedidos de IVG", concluiu.

    Desde que entrou em vigor, a 15 de Julho de 2007, a nova lei sobre a IVG permitiu a realização de 14.247 interrupções.

    Este número foi bastante inferior ao inicialmente estimado (20 mil), assim como o de adolescentes que recorreram à IVG.

    Segundo Francisco George, 74 raparigas (0,5 por cento) com menos de 15 anos realizaram uma IVG no último ano.

    Com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos submeteram-se à IVG 1.570 raparigas (11 por cento).
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