Autor: Arthur Melo
O atual coordenador regional do Bloco de Esquerda (BE)dos Açores vai ser reconduzido, amanhã, no cargo no decorrer da IX Convenção do partido.
António Lima, que lidera os destinos do partido nos Açores desde 2018 (tendo sido reeleito em 2021 e 2023), é o subscritos da única moção de orientação global que vai ser sufragada na convenção, tendo revelado a sua disponibilidade para continuar o trabalho até agora desenvolvido com o objetivo de preparar e mobilizar o partido para o próximo combate eleitoral, mas também para os desafios que os Açores vão ter de enfrentar nos anos vindouros.
“Estou disponível, caso os meus camaradas assim entendam, para continuar em mais um mandato, para efetivamente enfrentar estes próximos dois anos que são importantes não só para o período eleitoral que se avizinha de eleições autárquicas, mas acima de tudo, para preparar o partido a encontrar soluções para a região para o futuro mais próximo. E estou disponível e com energia e vontade de continuar a fazer este trabalho”, enfatizou António Lima, em declarações ao Açoriano Oriental.
A IX Convenção do BE Açores vai realizar-se este sábado, dia 5 de julho, no Multiúsos da Junta de Freguesia de São Pedro, em Ponta Delgada.
Os trabalhos iniciam-se pelas 14h00, estando a sessão de encerramento agendada para as 17h15. Nesta altura, e para além do anúncio dos resultados da votação para a Comissão Coordenadora Regional, vão intervir a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e António Lima, como primeiro subscritor da Moção que vai estar em debate (e a votos) e na qualidade de “novo” coordenador regional do partido.
A moção, diz António Lima, é um conjunto de ideias e soluções que o BE preconiza para o futuro da Região, apontando uma alternativa ao rumo que está a ser seguido neste momento.
“[Moção]
Procura encontrar um caminho para os Açores, que não seja este que só
nos tem trazido a ausência de resolução dos principais problemas dos
Açores, desde logo as desigualdades, a situação financeira da região que
se agrava e terá reflexos no funcionamento dos serviços públicos, da
saúde, da educação, o desastre que está a ser a situação na SATA, a
crise da habitação, talvez o problema que as pessoas sentem mais neste
momento, numa região onde não há políticas de habitação praticamente
novas. Aquelas que existem são as mesmas há décadas e não se pode querer
resolver problemas novos com as soluções do passado”, sublinhou o
também deputado único do partido na Assembleia Legislativa da Região
Autónoma dos Açores.