Autor: Arthur Melo
A paralisação, que inclui todos os voos da transportadora aérea regional e os voos ACMI contratados pela empresa e voos ACMI em que a tripulação é cedida pela empresa, foi decidida em sede deassembleia geral de emergência realizada no passado dia 4 de junho.
A greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, é justificada pelo “ambiente laboral na SATA Air Açores que se encontra completamente deteriorado”, mas também pelas “condições desumanas” que os tripulantes de cabina estão expostos durante os dias de trabalho quando estão a operar uma das aeronaves Dash Q200.
De acordo com o pré-aviso de greve a que o Açoriano Oriental teve acesso, os tripulantes de cabina da SATA Air Açores estão “há mais de 15 anos a operar uma aeronave em condições degradantes”, nas quais os trabalhadores estão sujeitos, 8,9 ou até mais horas por dia, a “problemas de ruído” provocadas pelas aeronaves Q200, “vibração e elevadas temperaturas, face à sua incapacidade de refrescamento”.
As “constantes alterações de
escala” e a “desigualdade entre os tripulantes de cabine e as outras
classes de trabalhadores do Grupo SATA” conduziram também a este
desfecho.
O documento de pré-aviso salvaguarda, todavia, a garantia
de prestação dos serviços mínimos durante o período entre as 00h00 de 18
de julho e as 23h59 de dia 24. Assim, serão salvaguardados todas as
ligações aéreas necessárias a fazer face a situação de emergência médica
e as ligações aéreas que permitam duas descolagens e duas aterragens em
São Miguel e Terceira e uma aterragem e uma descolagem em cada uma das
restantes sete ilhas do arquipélago.
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