Autor: Lusa/AO Online
O diretor-geral de futebol, que Martim Mayer manifestou a intenção de criar quando apresentou a candidatura à presidência do Benfica, será “alguém com perfil internacional e profundo conhecimento do jogo” e contará com dois coordenadores: da equipa A, B e de sub-23 e de formação/scouting.
O cargo que o empresário, de 51 anos, pretende criar na estrutura do futebol ‘encarnado’ terá, entre outras, a responsabilidade de definir o modelo de jogo da equipa, o perfil do treinador, função atualmente desempenhada por Bruno Lage.
“O futebol é o coração do Sport Lisboa e Benfica e será, inevitavelmente, um dos grandes focos do programa desta candidatura”, enfatiza a candidatura ‘Benfica no sangue’, para a qual “o Benfica Campus deverá ser a base de toda a estratégia para o futebol”.
Martim Mayer quer que a formação tenha um impacto real na equipa principal, mas pretende também estabilizar o plantel, com renovações bem planeadas e a proteção dos maiores ativos, assinalando que, “só nos últimos três anos, o Benfica comprou 29 jogadores e vendeu 45”.
O candidato à liderança do clube lisboeta confirmou que pretende aumentar a capacidade do Estádio da Luz em 15.000 lugares (9.000 nos topos e 6.000 no piso 1), para um total de 83.000, um projeto com o custo estimado de 75 milhões de euros.
O financiamento será garantido através de uma parceria estratégica com entidade da área de grandes eventos e de entretenimento ou da securitização dos bilhetes correspondentes a estes lugares por um período de médio ou longo prazo.
Nas modalidades, advertiu que o clube paga acima dos valores médios salariais do mercado nacional e até internacional, pelo que os novos contratos “deverão focar numa base salarial mais baixa e com forte incremento de prémios por conquistas”.
Para o empresário, o Benfica deve liderar o processo de centralização dos direitos audiovisuais das ligas profissionais, a fim de “garantir a manutenção ou aumento da receita atual do clube”, ideia oposta à da atual direção, presidida por Rui Costa, que pediu a sua suspensão imediata.
À nova direção de bilhética competirá reformular os critérios de atribuição de bilhetes para os jogos, nomeadamente, geográfico e de proximidade para jogos fora, antiguidade de número de sócio e rotatividade no Estádio da Luz.
Martim Mayer quer promover “uma política de proximidade” com as casas e filiais do Benfica, através do programa ‘Honrar a nossa história', mas também encontrar novas formas de filiação e a criação de um conselho consultivo do sócio.
As eleições para os órgãos sociais do Benfica estão marcadas para 25 de outubro, com Rui Costa, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho e Martim Mayer como candidatos, num momento em que a comunicação social tem avançado que o ex-presidente Luís Filipe Vieira também deverá entrar na corrida.