Autor: Lusa/AO Online
“Sob o tema 'Gestos de Abundância', durante dois meses – de 25 de setembro a 30 de novembro de 2025 – a primeira edição da Walk&Talk – Bienal de Artes transforma a ilha de São Miguel nos Açores num território em movimento, com exposições, performances, música, encontros, entre múltiplos formatos que convidam à participação”, adianta em organização em nota de imprensa.
Após 14 anos como festival (nasceu em 2011), a Walk&Talk assume, a partir deste ano, um formato bienal com atividades, sessões e espetáculos sob a curadoria de Claire Shea (Toronto, Canadá), Fatima Bintou Rassoul Sy (Dakar, Senegal), Liliana Coutinho (Lisboa) e Jesse James (Açores), também diretor artístico do evento.
“Gestos de Abundância propõe uma mudança de olhar: da perceção de escassez, perante a designação dos Açores como um ‘território ultra-periférico’ para uma de abundância em comunidade – não no sentido de excesso, mas como densidade de relações, saberes e práticas partilhadas”, explicam os organizadores.
Um dos momentos da bienal será a exposição “Gestos de Abundância” que se vai desdobrar por várias estações da programação, com obras que pretendem “ativar as diferentes dimensões do território”.
A exposição resulta do trabalho dos artistas Nadia Belerique, Joana Sá, Jokkoo Collective, Malala Andrialavidrazana, Helle Siljeholm, Lucy Bleach, José Pedro Cortes, Sofia Rocha, Meg Stuart, Resolve Collective, Inês Coelho da Silva & Kita Rancaño Ward, Rafa Bqueer & Soya the Cow, Alice Visentin, Colectiva Malva, Ebun Sodipo, Walla Capelobo, Mae-Ling Lokko e Janilda Bartolomeu.
O Walk&Talk 2025 vai ser marcado por três momentos: a “Abertura” (25 a 30 de setembro), o “Simpósio” (07 a 09 de novembro) e o “Encerramento” (28 a 30 de novembro).
“O simpósio é um espaço de encontro entre artistas, investigadores e pensadores cujas práticas interrogam e expandem os modos de viver, criar e aprender em comum. É um momento de reflexão crítica, partilha de práticas e imaginação coletiva“, lê-se no comunicado.
Estão ainda previstas várias performances, atuações musicais, festas e sessões de cinema, num cartaz onde a “maioria das atividades tem entrada gratuita”, apesar de existirem espetáculos e excursões pagas (os bilhetes ainda não estão disponíveis).
“Esta edição da Bienal convida a redescobrir não o que falta, mas o que existe – ou está ainda em potência – e, a partir daí, tecer relações que expandem uma realidade comum e partilhada”.
A Walk&Talk é organizada pela associação Anda&Fala, com sede em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.