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Paris, Londres e Berlim exigem fim imediato da catástrofe humanitária em Gaza

A catástrofe humanitária que o mundo está a testemunhar na Faixa de Gaza “tem de terminar imediatamente”, exigiram os governos de França, Reino Unido e Alemanha em palavras dirigidas ao executivo de Israel

Paris, Londres e Berlim exigem fim imediato da catástrofe humanitária em Gaza

Autor: Lusa/AO Online

Em resposta aos alertas lançados pelas Nações Unidas e por organizações não-governamentais (ONG), que denunciam o risco iminente e generalizado de fome, Paris, Londres e Berlim instaram o Governo israelita a “levantar imediatamente as restrições à entrega de ajuda humanitária”.

Num comunicado conjunto, França, Reino Unido e Alemanha recordaram que Israel “deve respeitar as obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário”.

“Chegou o momento de pôr fim à guerra em Gaza”, afirmaram as três capitais europeias, apelando “a todas as partes para que terminem o conflito mediante a conclusão imediata de um cessar-fogo”.

Os governos de Paris, Londres e Berlim reiteraram também o apelo à libertação dos reféns israelitas e ao desarmamento do grupo extremista palestiniano Hamas.

No mesmo comunicado, os três países manifestaram-se “firmemente contra qualquer tentativa de impor a soberania israelita sobre os territórios palestinianos ocupados”.

“Qualquer ameaça de anexação, de continuação da expansão dos colonatos e dos atos de violência cometidos por colonos contra os palestinianos comprometem as perspetivas de uma solução negociada baseada na coexistência de dois Estados [Israel e Palestina]”, alertaram.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou que teria uma "reunião de emergência" sobre a situação em Gaza com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e com o chanceler alemão, Friedrich Merz.

França, através de Macron, indicou na quinta-feira que irá anunciar, em setembro, durante a Assembleia-Geral da ONU, o reconhecimento do Estado da Palestina, enquanto o Reino Unido e a Alemanha afirmaram hoje ser cedo para avançar com tal decisão.

Londres considerou que só “depois de resolvida a crise humanitária” poderá tomar uma decisão, enquanto Berlim excluiu essa possibilidade “no curto prazo”.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel, que também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária, já provocou mais de 59 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

 


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