Autor: Carolina Moreira
O Governo Regional revelou ontem que a equipa dedicada aos resgates de visitantes na montanha do Pico, assegurada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Madalena, custou ao arquipélago 226.250 euros entre os anos 2021 e 2025.
O executivo explica que “mantém em vigor” um protocolo com os Bombeiros da Madalena, celebrado no âmbito do “sistema de videovigilância e rastreio de visitantes na montanha (CICLOPE)”, com o intuito de “suportar as despesas das atividades de coordenação, controlo, vigilância e ações de busca e socorro, através de uma equipa dedicada aos resgates de visitantes na montanha do Pico”.
A informação consta da resposta a um requerimento do PAN sobre a fiscalização e gestão de fluxos turísticos, onde o Governo Regional garante que as áreas protegidas do arquipélago são monitorizadas e fiscalizadas “de forma regular” pelos 53 vigilantes da natureza, constatando contudo que a “vigilância pode variar” de acordo com “o efetivo disponível”, a “necessidade de fiscalização” e “os fluxos turísticos ou atividades humanas” verificadas.
No documento, o executivo destaca que a Caldeira do Faial e o Vulcão dos Capelinhos são fiscalizados e monitorizados “diariamente”, assim como o Ilhéu de Vila Franca do Campo entre os meses de julho e setembro.
Já o trilho entre a Fajã dos Cubres e a Fajã da Caldeira de Santo Cristo, em São Jorge, é vigiado “três vezes por semana”.
Questionado em requerimento sobre a presença de vigilantes da natureza em locais com maior pressão turística, tais como a Lagoa do Fogo, Miradouro da Grota do Inferno, Pico do Ferro, Lagoa das Furnas, Vista do Rei ou Ferraria, o Governo Regional afirma que “não estão em permanência” nesses pontos.
“Os vigilantes da Natureza não estão em permanência nos locais referenciados, mas deslocam-se aos mesmos com regularidade no âmbito do desempenho das suas funções”, disse o executivo, reforçando que a sua presença “é efetuada de acordo com a disponibilidade do efetivo e as tarefas programadas diariamente”.
Na resposta ao PAN, o Governo salienta ainda que tem implementado “sinalética específica” nas áreas protegidas e com maior fluxo de turistas e recorda que já foi adjudicado o estudo de monitorização de fluxos turísticos para “ fundamentar orientações futuras para o ordenamento da visitação turística, incluindo a possibilidade de definição de limites de capacidade de carga ou mecanismos de limitação de acesso, sempre que se justifique”, pode ler-se no documento.