Açoriano Oriental
Obama apresenta objectivos
Terminar guerra no Iraque e vencer combate contra Al-Qaida
Terminar a guerra no Iraque "de modo responsável" e "vencer" o combate contra a Al-Qaida e os talibã são os dois principais objectivos apontados hoje pelo candidato democrata à Casa Branca Barack Obama se se tornar presidente norte-americano.

Autor: Lusa/AO online
O senador do Illinois (norte), que se prepara para uma visita à Europa e ao Médio Oriente na próxima semana e ao Iraque e Afeganistão, em data não precisada por razões de segurança, criticou o presidente George W. Bush e o seu adversário republicano John McCain num discurso cujos extractos foram divulgados antecipadamente pela sua equipa de campanha.

    "Como o presidente Bush e o senador John McCain teriam podido perceber, a frente central da guerra contra o terrorismo não é o Iraque e nunca foi", defende Obama.

    "A base da Al-Qaida está a estender-se ao Paquistão, provavelmente não será mais longe do seu antigo santuário afegão que um trajecto de comboio entre Washington e Filadélfia", comenta Obama.

    Sublinhando que um eventual novo atentado contra o Estados Unidos "viria provavelmente da mesma região onde o 11 de Setembro foi preparado", questiona o facto de actualmente os norte-americanos terem "cinco vezes mais militares no Iraque que no Afeganistão".

    "Esta guerra (no Iraque) pesa na nossa segurança, no nosso estatuto no mundo, nas nossas forças armadas, economia e recursos de que necessitamos para fazer face aos desafios do século XXI", adianta o senador, que se opôs à guerra no Iraque mesmo antes de ela ter sido lançada.

    O candidato democrata sublinhou a sua vontade de "terminar a guerra no Iraque de modo responsável, vencer o combate contra a Al-Qaida e os talibã, tornar seguros as armas e materiais nucleares (colocando-os fora do alcance) dos terroristas e dos Estados falhados, alcançar uma verdadeira segurança energética, reconstruir as alianças (dos EUA) para estar à altura dos desafios do século XXI".

    Obama explicou desejar desenvolver uma estratégia de segurança para os Estados Unidos que não se concentre apenas em Bagdad mas também em Kandahar e Carachi, Tóquio, Londres, Pequim e Berlim.

    Reagindo por antecipação ao discurso do seu adversário democrata, John McCain criticou o método de Obama que, segundo o senador do Arizona (sudoeste), apresenta um plano para o Iraque e Afeganistão antes mesmo de se ter encontrado com os responsáveis militares norte-americanos no terreno.

    "Noto que (Obama) falou hoje do seu plano para o Iraque e Afeganistão antes mesmo de ter ido ao terreno, antes de ter discutido com o general (David) Petraeus (que foi responsável pelas forças norte-americanas no Iraque), antes de ter constatado os progressos realizados no Iraque e antes de ter posto pela primeira vez o pé no Afeganistão", disse McCain num comunicado divulgado pela sua equipa de campanha.

    "Segundo a minha experiência, as missões de informação funcionam geralmente melhor no sentido inverso: primeiro avalia-se a situação no terreno, depois apresenta-se uma nova estratégia", adiantou o candidato republicano.

    De acordo com uma sondagem divulgada hoje pela universidade Quinnipiac, Obama é creditado com 50 por cento das intenções de voto contra 41 por cento para McCain.

    O senador do Illinois beneficia do apoio dos eleitores negros, assim como de uma maioria de mulheres e dos eleitores com menos de 55 anos, sublinha a sondagem.

    O senador do Arizona conta com uma ligeira vantagem no eleitorado masculino e está à beira da maioria junto dos brancos, sendo ainda apoiado por uma maioria de eleitores com mais de 55 anos.

    A sondagem foi realizada de 08 a 13 de Julho junto de uma amostra de 1.725 pessoas e tem uma margem de erro de mais ou menos 2,4 por cento.

    Uma outra sondagem publicada sábado pela revista Newsweek dá apenas três pontos de avanço a Obama (44 por cento contra 41 por cento).
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