Açoriano Oriental
Sines
Sindicatos denunciam falta de empregos
As uniões de sindicatos do Litoral Alentejano e de Setúbal(CGTP) vão estar quarta-feira em Sines para “levar ao público” as “suspeitas” dos sindicalistas e “perguntar para onde foram” os “investimentos anunciados” para a região.
Sindicatos denunciam falta de empregos

Autor: Lusa/AO Online

“O primeiro-ministro e o ministro da Economia, entre outros políticos, visitaram Sines, a propósito dos investimentos anunciados, ora era na Petrogal, ora era na Repsol, ora na fábrica da Artenius, ora noutros investimentos”, lembrou Egídio Fernandes, coordenador da União de Sindicatos do Litoral Alentejano.

“Passado todo este tempo, verificámos que nada disto aconteceu. Houve trabalhadores que se formaram, há empresas que formaram colaboradores, que se prepararam do ponto de vista técnico, do ponto de vista dos recursos humanos e neste momento estão alguns à beira da falência, com muitas dificuldades, porque os investimentos não vão para a frente”, alertou.

“O objectivo principal deste protesto tem a ver com os investimentos que estavam programados para Sines e que não se concretizaram”, disse.

No comunicado que divulga a Tribuna Pública, agendada para quarta-feira, pelas 17:30, na Avenida Vasco da Gama, em Sines, os sindicatos colocam duas questões: “onde está o investimento?” e “onde estão os mais 5.000 postos de trabalho?”

“Foi com pompa e circunstância que José Sócrates e membros do seu Governo vieram anunciar há uns tempos atrás 2,5 mil milhões de euros de investimento global para Sines, parte deste investimento a ser comparticipado pelo Estado”, diz o mesmo documento.

“Passado algum tempo os mesmos encontram-se parados, os mais de 5.000 postos de trabalho prometidos não estão criados e tudo isto com a agravante de começarem a existir empresas que estão a ficar asfixiadas, principalmente devido ao facto das obras não avançarem e de já terem empenhado os seus recursos a contar com o arranque e continuidade das mesmas”, acrescenta o comunicado.

O coordenador da União de Sindicatos defendeu que “quando se projecta alguma coisa, tem que se ter bases, tem que ter consistência”.

“Não se pode estar a prometer só para fazer campanha”, acrescentou.

“É nesse sentido que resolvemos fazer esta tribuna pública, no sentido de denunciar o que se está a passar, o que se passou e perguntar para onde é que foram estes investimentos todos, se é que há investimentos, se é que há dinheiro, para onde é que foi este dinheiro todo, que afinal é dinheiro de todos nós, é dinheiro dos contribuintes”, argumentou.

Os sindicalistas não esquecem também a entrada em ‘lay-off’ de mais de metade dos trabalhadores do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, que consideram “injustificado”.

“Como se não bastasse, surge o injustificado ‘lay-off’ na Repsol que veio provocar mais desemprego nas empresas prestadoras de serviços naquela unidade fabril”, acrescentam os sindicatos no comunicado.

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