Açoriano Oriental
Registados 107 casos de ‘bird strikes’ em 2024

Só no aeroporto de Ponta Delgada foram registadas 56 ocorrências, que representaram 52,3% do total de casos de ‘bird strikes’ nos Açores. Seguem-se o Faial (11 ocorrências) e a Terceira (dez ocorrências)

Registados 107 casos de ‘bird strikes’ em 2024

Autor: Rafael Dutra

No ano de 2024 foram registados, nos nove aeroportos e aeródromos da Região Autónoma dos Açores, um total de 107 casos de colisões ou quase colisões com aves ou a sua ingestão por motores, também denominados de ‘bird strikes’, segundo dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) revelados ao Açoriano Oriental.

No aeroporto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, foram registadas 56 ocorrências deste género, ou seja, ocorreram mais casos de colisões ou quase colisões com aves ou a sua ingestão por motores neste aeroporto, em comparação com os restantes oito aeroportos e aeródromos dos Açores (51 ocorrências).

Ao todo, verifica-se que houve uma média aproximada de cinco casos de ‘bird strikes’ por mês, no aeroporto de Ponta Delgada.

Foram observados nos restantes oito aeroportos e aeródromos da Região entre quatro e onze ocorrências de ‘bird strikes’ em 2024.

Depois de Ponta Delgada, que, com as suas 56 ocorrências, que representaram 52,3% do total de casos de ‘bird strikes’ nos Açores, seguem-se os aeroportos do Faial (11 ocorrências), Terceira (dez ocorrências), Flores (oito ocorrências), Graciosa (sete ocorrências), São Jorge (seis ocorrências), Pico (cinco ocorrências) e Corvo (quatro ocorrências), de acordo com estatísticas da ANAC , relativas ao ano de 2024, enviadas em resposta ao Açoriano Oriental.

Recorde-se que, tal como noticiado pelo Açoriano Oriental, foram registados, no início de janeiro, vários casos de colisões de aves com aeronaves na ilha de São Miguel.

A ANA Aeroportos de Portugal revelou, então, que o Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, “tem assistido a um aumento da presença de aves nas suas imediações”, um dos fenómenos que poderá ter contribuído para os dois incidentes de colisão de aves com aeronaves registados em janeiro - que envolveram um avião da SATA e outro da Ryanair.

Em resposta às questões colocadas pelo Açoriano Oriental, a ANA explica que atribui este aumento da presença de aves “a diversos fatores naturais, incluindo padrões migratórios, disponibilidade dealimento, condições meteorológicas e variações sazonais e limitação dos meios de controlo de pragas”, acrescentando que “fatores ambientais externos ao Aeroporto também desempenham um papel significativo nestas alterações”.

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