Autor: Arthur Melo
Quando entraram em campo, os portugueses já sabiam que a Dinamarca ia ganhando por 1-0 à Suécia, resultado que se confirmou e que colocou Portugal a depender de de si próprio para chegar à eliminatória decisiva.
Mesmo sem fazer uma grande exibição, a equipa das "quinas" venceu sem contestação, graças a dois golos de Simão (18 e 79) e um de Liedson (74), perante uma Hungria que apenas na primeira parte criou perigo.
O triunfo no Estádio da Luz, em Lisboa, permitiu a Portugal subir ao segundo lugar do Grupo 1 e precisar apenas de vencer Malta, equipa mais fraca da "poule", na quarta-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Com Pepe castigado, o seleccionador português, Carlos Queiroz, apostou em Pedro Mendes para o lugar do luso-brasileiro, enquanto Simão regressou ao "onze", depois de ter sido suplente no encontro de Budapeste.
Bosingwa, Bruno Alves, Ricardo Carvalho e Duda formaram o quarteto defensivo, à frente de Eduardo, com Pedro Mendes, Raul Meireles e Deco a actuarem no meio-campo, ficando o ataque entregue a Simão, Cristiano Ronaldo e Liedson.
O golo do dinamarquês Jakob Poulsen já tinha sido festejado na Luz, mas a Hungria ameaçou estragar a festa lusa, quando, logo aos sete minutos, Sándor Torghelle esteve perto de marcar, aproveitando alguma apatia da defesa lusa, mas Eduardo defendeu bem.
Os mais de 50 000 adeptos que responderam ao apelo de Carlos Queiroz festejaram o primeiro golo luso aos 18 minutos, apontado por Simão, após uma jogada de insistência de Cristiano Ronaldo, em que o guarda-redes magiar defendeu a bola para a frente.
Com o golo, Portugal libertou-se um pouco e, no minuto seguinte, o avançado do Atlético de Madrid podia ter "bisado" mas viu o seu remate travado pelo pé de Gábor Babos, que, aos 22 minutos, evitou um auto-golo de Vilmos Vanczák.
Já sem Cristiano Ronaldo, que se ressentiu da lesão no tornozelo direito aos 27 minutos, Portugal sofreu dois "calafrios" no final do primeiro tempo, primeiro num remate de Dzsudzsák Balázs, que passou muito perto do poste, e depois num cabeceamento de Vilmos Vanczák, que se antecipou a Eduardo e atirou a bola à barra.
Perante uma Hungria inofensiva na segunda parte, Portugal tardou a decidir o jogo e apenas aos 62 minutos criou perigo num remate de Raul Meireles, para excelente defesa de Babos, que, três minutos depois, voltou a brilhar parando as tentativas de Nani e Simão.
Ao terceiro jogo pelo selecção lusa, o luso-brasileiro Liedson marcou o segundo golo e praticamente sentenciou o encontro, correspondendo de cabeça ao cruzamento de Bruno Alves, num lance em que os magiares protestaram muito, por considerar que a bola não entrou.
O grande momento da noite ficou guardado para os 79 minutos, quando, após um cruzamento de Duda, Simão rematou de primeira, sem hipótese para o guarda-redes contrário, fazendo o 20.º golo com a camisola das "quinas" e terceiro no apuramento.