Açoriano Oriental
Trump considera "boa ideia" proposta russa sobre tratado de desarmamento nuclear

O Presidente dos Estados Unidos estará disposto a considerar a proposta do seu homólogo russo de prorrogar por um ano o START III, o tratado de desarmamento nuclear em vigor entre as duas potências, que expira em 2026.

Trump considera "boa ideia" proposta russa sobre tratado de desarmamento nuclear

Autor: Lusa

“Parece-me uma boa ideia”, respondeu Trump sucintamente às perguntas dos jornalistas na Casa Branca, antes de partir para a Virgínia para participar numa celebração dos 250 anos da Marinha dos EUA.

O Presidente norte-americano não acrescentou detalhes sobre as negociações atuais ou futuras sobre uma prorrogação do pacto, proposta por Putin em 22 de setembro passado.

“A Rússia está disposta, após 05 de fevereiro de 2026, a continuar por um ano a cumprir as limitações previstas pelo START III”, disse o Presidente russo durante uma reunião televisionada do Conselho de Segurança da Rússia.

No entanto, Putin esclareceu na altura que essa medida “só será viável com a condição de que os EUA ajam de forma análoga e não tomem medidas que prejudiquem ou destruam a atual equivalência de potenciais de dissuasão”.

O líder russo classificou como “errado” e “míope” sob “muitos pontos de vista” a possível renúncia definitiva dos EUA ao tratado, assinado em abril de 2010 pelos então presidentes norte-americano Barack Obama e russo Dmitri Medvedev.

Nos últimos meses, a Rússia alertou várias vezes que o tempo para renovar o START III, também conhecido como Novo START, está a acabar.

Putin suspendeu a aplicação do tratado, embora não o tenha denunciado, em 21 de fevereiro de 2023, após o que os especialistas ocidentais não puderam inspecionar as instalações russas.

O tratado limita o número de armas nucleares estratégicas, com um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos para cada uma das duas potências, em terra, mar ou ar.

Apesar da proximidade inicial com Moscovo demonstrada por Trump, que chegou ao poder em janeiro passado com a promessa de pôr fim à guerra na Ucrânia, o americano mudou de posição, frustrado com a recusa de Putin em parar os bombardeamentos sobre o território ucraniano.

Os dois líderes encontraram-se cara a cara em agosto durante uma cimeira no Alasca, da qual não saíram acordos concretos para um cessar-fogo que levasse ao fim definitivo das hostilidades na Ucrânia.


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