Autor: Lusa
Isabel Almeida Rodrigues disse hoje à agência Lusa que, caso seja eleita presidente da maior autarquia dos Açores nas eleições autárquicas do dia 12, os eleitores podem contar com um executivo de proximidade, transparência e com “capacidade de escuta”.
“Os eleitores precisam de uma Câmara Municipal [de Ponta Delgada] que seja próxima, que tenha capacidade de ouvir as populações, de interpretar as suas necessidades e [de] criar respostas à medida de cada uma das freguesias e de cada um dos problemas que são identificados”, afirmou hoje a candidata, durante a realização de uma ação de campanha na freguesia de Arrifes.
Segundo Isabel Almeida Rodrigues, no mandato do atual autarca social-democrata Pedro Nascimento Cabral (que se recandidata a um segundo mandato), tem existido “uma governação de costas voltadas para as pessoas”.
“Há tomada de decisões [pelo executivo municipal], sem que os cidadãos, que sofrem o impacto dessas decisões, tenham sido ouvidos. E isto é preciso mudar. E aquilo que nós propomos é uma Câmara mais próxima, com capacidade de escuta e com capacidade de responder às reais necessidades das pessoas”, sublinhou a candidata da coligação PS, BE, PAN e Livre.
Por se encontrar na freguesia de Arrifes, uma das muitas freguesias do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que possui uma forte ligação à agricultura, a cabeça-de-lista da candidatura Unidos por Ponta Delgada referiu à Lusa que apresenta aos eleitores um conjunto de medidas para apoiar este setor.
“Desde logo, na manutenção e recuperação de caminhos que são da responsabilidade do município e que são fundamentais para os lavradores poderem fazer a sua atividade”, afirmou.
Indicou que no concelho existem “muitos caminhos [agrícolas] em péssimo estado e que constituem um grande constrangimento ao desenvolvimento da atividade dos agricultores”.
Outro aspeto que Isabel Almeida Rodrigues considera “muito importante” é a criação de um gabinete municipal, com técnicos devidamente preparados e especializados, “para apoiar os agricultores no acesso aos fundos regionais, nacionais e comunitários”.
A candidata propõe, ainda, descentralizar essa prestação de serviços, ou seja, “serem os serviços a deslocar-se às freguesias para prestar esse apoio localmente”.
“E há uma preocupação que temos, que é a necessidade de criar um regime transitório que permita, sem pôr em causa as premissas ambientais, o licenciamento de um conjunto de explorações que ainda não estão licenciadas”, concluiu a líder da coligação Unidos por Ponta Delgada (PS, BE, PAN e Livre), que na ação de campanha realizada hoje na freguesia de Arrifes contou com a presença do ex-líder regional do PS/Açores e antigo presidente do Governo Regional Vasco Cordeiro.
Concorrem à Câmara de Ponta Delgada nas eleições de dia 12 Isabel Almeida Rodrigues (Unidos por Ponta Delgada - coligação PS, BE, PAN e Livre), Sónia Nicolau (Ponta Delgada Para Todos - independente), Pedro Nascimento Cabral (PSD, que se recandidata a um segundo mandato), Alexandra Cunha (IL), José Pacheco (Chega), Henrique Levy (CDU - coligação PCP/PEV) e Rui Matos (ADN).
O atual executivo camarário é composto por cinco elementos do PSD e quatro do PS.