A justificar esta forte valorização está a expectativa de que as reservas de petróleo nos Estados Unidos caíram na semana passada para o mínimo em três anos, assim como a violência na Nigéria, que já resultou em quebras na produção de petróleo.

    Em 2007, o preço do barril de crude aumentou 57 por cento em Nova Iorque, mas sem nunca chegar aos 100 dólares, ficando a apenas 71 cêntimos deste limite.

    Esta evolução contraria as previsões dos analistas, que acreditavam que a tendência de subida não se manteria em 2008 e que o "ouro negro" não chegaria a quebrar a barreira dos três dígitos, com a maioria das casas de investimento a nível mundial e dos analistas a preverem que o barril oscile entre 67 e 80 dólares.

    Apenas a Goldman Sachs prevê que o preço atinja os 105 dólares no final deste ano, enquanto a PVM Oil Associates, a maior empresa de corretagem de petróleo a nível mundial, diz que, entre os 50 e os 130 dólares o barril, "tudo pode acontecer".

    O preço do petróleo mais do que triplicou em quatro anos passando dos 30 dólares em 2003, para os 50 dólares em 2004, os 70 dólares em 2005, e tendo estado este ano muito próximo dos 100 dólares o barril.