Autor: Lusa/AO Online
"Em consequência das inundações implacáveis nas Caraíbas, centenas de milhares de crianças viram as suas vidas subitamente viradas de cabeça para baixo (...) precisam urgentemente de alimentos, água potável e saneamento básico, acesso a serviços de saúde e nutrição e um caminho de regresso à educação", alertou o diretor regional da UNICEF para a América Latina e o Caribe, Roberto Benes.
O furacão Melissa fez, pelo menos, 32 mortos nas Caraíbas, com 23 vítimas no Haiti, quatro na Jamaica, quatro no Panamá e uma na República Dominicana, deixando um rasto de destruição que também atingiu Cuba.
Num comunicado, a UNICEF referiu que a tempestade deixou famílias desalojadas e causou graves danos nas infraestruturas, plantações e serviços de saúde e educação.
A UNICEF também indicou que a distribuição de mantimentos essenciais para crianças já começou.
A organização reconheceu ainda que muitas das comunidades mais afetadas são "extremamente difíceis de alcançar" devido aos danos nas infraestruturas e às inundações contínuas.
Para a Jamaica, a UNICEF enviou "um milhão de dólares (cerca de 864 milhões de euros) para apoiar a resposta imediata de emergência".
O Governo e as forças de defesa jamaicanas estão hoje a verificar os relatos de mortes causadas pelo furacão Melissa, que deixou comunidades inteiras isoladas e devastadas.
Em Cuba, as crianças receberão quase 2.000 `kits´, que incluem materiais escolares e atividades lúdicas.
Destes `kits´, 1.300 são para a higiene dos menores, sendo que também vão ser distribuídas 1.900 telhas, 5.000 metros de lonas (que servem para abrigo e reparos) e duas estações portáteis de tratamento de água.
No Haiti, estão a ser distribuídos 2.900 `kits´ de higiene e de primeiros socorros para satisfazer as necessidades de 20.000 pessoas.
Na República Dominicana, a organização está a distribuir 750 `kits´ de higiene, garantindo condições de saneamento adequadas às crianças das comunidades mais afetadas.
"Para sustentar a resposta, a UNICEF está a solicitar 46,5 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros) para fornecer intervenções iniciais que salvam vidas de mais de 380 mil crianças e das suas famílias", concluí o comunicado.
 
                     
             
                                                 
                                                 
                                                