Autor: Lusa/AO Online
Segundo o deputado socialista, eleito pelo círculo eleitoral do Corvo, Lubélio Mendonça, a situação ocorreu “entre 19 e 22 de outubro”, período durante o qual a ilha "esteve novamente sem ligações aéreas, não por motivos meteorológicos, mas por avarias repetidas nas aeronaves Dash 8 Q200”, as únicas que operam no aeródromo local.
“O Governo Regional não pode continuar a assistir, impávido e sereno, ao isolamento de uma ilha inteira. Esta situação repete-se há demasiado tempo e compromete a coesão territorial e social que devia estar no centro da ação governativa”, afirmou o parlamentar socialista, citado numa nota de imprensa.
No comunicado, o PS/Açores lembra que já tinha alertado para "a gravidade do problema", mas sem "respostas e medidas concretas".
Face à situação, o PS/Açores adianta que os deputados socialistas dirigiram ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) um requerimento, no qual pedem esclarecimentos sobre as manutenções realizadas, as ações previstas para evitar novos constrangimentos e se está a ser ponderada a substituição das aeronaves atualmente em serviço.
"Apesar das declarações do presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA - que reconheceu que as aeronaves Dash 8 Q200 estão a atingir o limite dos seus ciclos de motor -, o Governo nada fez para prevenir a atual paralisia", apontam os socialistas.
Para o deputado Lubélio Mendonça, “o Corvo não pode continuar a ser tratado como uma ilha de segunda".
"A responsabilidade de garantir a ligação aérea regular é do Governo Regional e os açorianos do Corvo merecem respeito e soluções, não desculpas”, defendeu o parlamentar, para quem "a situação de isolamento em que a ilha voltou a ficar devido à sucessiva inoperância do Governo Regional e da SATA Air Açores" exige "medidas urgentes para garantir a mobilidade dos corvinos".