Autor: Lusa/AO Online
O protocolo, que vai ser assinado com a delegação local da Ordem dos Advogados (OA), visa "facilitar o acesso à justiça por parte dos cidadãos afetados, disponibilizando encaminhamento, consulta jurídica e uma bolsa de advogados disponíveis para prosseguirem com eventuais processos judiciais", explica a Câmara de Vila Franca de Xira, em comunicado.
Em declarações anteriores à agência Lusa, o presidente da delegação da OA de Vila Franca de Xira, Paulo Rocha, explicou que a proposta passa pela criação de uma bolsa de advogados que possam, numa primeira instância, prestar aconselhamento jurídico aos interessados em recorrer à justiça.
"Numa primeira fase serão disponibilizadas consultas gratuitas para esclarecer dúvidas. É normal neste momento as pessoas estarem perdidas e não saberem o que fazer", apontou.
Paulo Rocha explicou que todos os advogados interessados poderão inscrever-se para fazer parte desta bolsa que, além de aconselhamento jurídico, poderá, numa fase posterior, acompanhar as diligências judiciais (que já serão pagas).
"Quando a bolsa estiver constituída, as pessoas irão ter acesso às listas de advogados, mas terão sempre a liberdade para recorrer a advogados fora desta bolsa", esclareceu.
De acordo com o relatório final do surto de 'legionella', a doença, registada a partir de 07 de novembro do ano passado, no concelho de Vila Franca de Xira, causou 12 mortos e infetou 375 pessoas.
O surto, o terceiro com mais casos em todo o mundo, foi considerado extinto a 21 de novembro, no final da última reunião da 'taskforce' criada para acompanhar o assunto, com entidades da saúde, ambiente ou meteorologia, quando o ministro da Saúde realçou a resposta dos hospitais, que "trataram mais de 300 pneumonias".
A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.