Açoriano Oriental
Câmara da Ribeira Grande assegura que não há perigo na praia de Santa Bárbara

A Câmara da Ribeira Grande afirmou, esta terça-feira, não “haver perigo” para a saúde pública a utilização da praia da Santa Bárbara, na sequência de uma descarga da ETAR da conserveira Cofaco, em Rabo de Peixe, nos Açores.


Autor: Lusa/AO Online

O município da ilha de São Miguel refere em nota de imprensa que, “embora alheia ao sucedido, tratou da limpeza do areal” e solicitou a realização de análises à areia e à água, cujos resultados “confirmaram não haver perigo para a saúde pública”.

O Governo dos Açores referiu em 29 de janeiro que uma descarga da ETAR da Cofaco em Rabo de Peixe "ocorreu sem autorização ou conhecimento prévio" e a "informação será anexada ao processo que decorre com vista à aplicação de sanção".

Num esclarecimento enviado às redações, o executivo açoriano frisou que a ETAR em causa foi inspecionada pela Inspeção Regional do Ambiente (IRA) em 18 janeiro de 2019 e, na ocasião, esta entidade constatou que a ETAR "estava em fase de limpeza, encontrando-se os tanques já vazios".

"A descarga efetuada ocorreu sem autorização ou conhecimento prévio, quer da autoridade ambiental, quer da IRA. Nesta inspeção foi possível verificar que o funcionamento da ETAR continua a apresentar constrangimentos operacionais, mantendo-se as irregularidades detetadas na inspeção realizada em 23 de agosto de 2018", refere a nota.

Além das análises realizadas, o município procedeu à limpeza de toda a extensão da praia de Santa Bárbara, zona balnear “onde recentemente deram à costa resíduos trazidos pelas marés provenientes de alegadas descargas de resíduos”.

O presidente do município da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, referiu que os resíduos que deram à costa na praia de Santa Bárbara “não são responsabilidade da Câmara”, mas, “apesar disso, procedeu-se à limpeza do areal”.

“Lamentamos que as descargas efetuadas, que em nada abonam ao ambiente, tenham criado uma imagem negativa num dos locais turísticos de referência na Ribeira Grande”, declarou o autarca.

Alexandre Gaudêncio assegurou que a Câmara da Ribeira Grande vai “manter-se no terreno a acompanhar o processo no sentido de perceber se foi, ou não, autorizada pelas entidades competentes as descargas de resíduos no mar”, defendendo que, “por se tratar de uma questão de saúde pública, é importante apurar responsabilidades”.

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