Autor: Lusa / AO Online
Entre as 10: 00 e as 10: 30 (15:00 e 15:30 em Lisboa), os aviões efectuaram algumas voltas perto dos locais dos atentados do 11 de Setembro de 2001 e não longe da estátua da Liberdade, a uma altitude não especificada mas muito mais baixa que a dos aviões que sobrevoam habitualmente a cidade.
Algumas fotos e vídeos tirados por particulares mostram um enorme aparelho azul e branco que parece passar entre os arranha-céus.
"Tratava-se de uma manobra autorizada pelo Departamento de Defesa destinada a tirar fotos", explicou um porta-voz da Aviação Federal norte-americana (FAA), Jim Peters.
"Uma versão militar do Boeing 747 e dois caças F-16 estavam envolvidos neste exercício, que não era uma manobra de emergência e tinha sido coordenada com a FAA, as autoridades federais e as autoridades locais", precisou.
O porta-voz da Força Aérea norte-americana, o major Richard Johnson, confirmou estas informações, indicando que "a missão compreendia um VC-25", o código militar para o avião presidencial Air Force One que só toma este nome quando o presidente se encontra a bordo.
A Casa Branca apresentou segunda-feira as suas desculpas pela inquietação vivida em Nova Iorque, brutalmente chamada a lembrar-se dos atentados do 11 de Setembro.
" Aprovei a semana passa uma missão sobre Nova Iorque. Assumo a responsabilidade desta decisão", disse, num comunicado excepcional, Louis Caldera, director do gabinete militar na Casa Branca, de quem depende a frota presidencial.
"Embora as autoridades federais tenham tomado as medidas apropriadas para informar as autoridades do Estado e as autoridades locais de Nova Iorque e de Nova Jérsia, é manifesto que esta missão semeou a confusão e a perturbação", disse.
"Apresento as minhas desculpas e assumo a responsabilidade pela agitação que este voo causou", acrescentou.
O presidente da Câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg declarou-se "zangado e mesmo furioso", e assegurou não ter sido avisado. "Eles não queriam que isto fosse público, é ridículo e absurdo", disse.
"A razão pela qual o Ministério da Defesa queria fazer as fotos mesmo à volta do local da tragédia do World Trade Center desafia a imaginação", criticou.