Autor: AO Online/ Lusa
Num comunicado esta sexta feira divulgado, a associação que representa os professores contratados saúda o Ministério da Educação por ter “quebrado com um preconceito duradouro, que sempre apontou para a impossibilidade de ser concretizada esta antecipação na colocação de docentes”.
A antecipação da publicação das listas de colocação permite, segundo a associação, uma “profunda redução das ultrapassagens nos concursos de professores”, bem como a promoção de “estabilidade no sistema educativo, na vida das escolas e dos alunos”, através de uma “colocação atempada de todos os professores necessários” para o ano letivo 2019/2020.
Apesar de destacar como positivo que cerca de 8.000 professores tenham ficado vinculados aos quadros nos últimos quatro anos, a Associação de Professores Contratados entende que é preciso ir mais longe no combate à “precariedade laboral permanente de professores”.
“Após a análise das listas de colocação de professores contratados hoje publicadas é ainda visível que continuam a ser contratados docentes com muitos anos de serviço em escolas diretamente tuteladas pelo Ministério de Educação”, recorda o comunicado.
As listas de colocação foram conhecidas hoje, cerca de um mês antes do início do ano letivo.
Cerca de 24 mil professores ficaram hoje colocados nas escolas públicas portuguesas para o ano letivo 2019/2020, sendo 13 mil deles no mesmo estabelecimento em que estavam no ano anterior.
Segundo o Ministério da Educação, cerca de 300 professores ficaram em “ausência de componente letiva”, ou seja, sem horário atribuído, mas terão prioridade nas “reservas de recrutamento”.
O Governo indica que os 300 docentes nesta situação representam “um valor significativamente baixo quando comparado com anos anteriores”.
As listas de colocação hoje publicadas referem-se à colocação de docentes de quadro, bem como à colocação inicial de professores contratados.
“Na mobilidade interna foram distribuídos mais de 1.700 horários completos e cerca de 400 horários incompletos. Todos os restantes cerca de 13 mil docentes mantiveram a colocação nas escolas onde estiveram no ano letivo anterior”, refere o comunicado do Ministério da Educação.