Autor: Lusa/AO online
Nascido a 17 de Maio de 1957, este advogado, formado na Faculdade de Direito de Lisboa em 1980, tem percorrido, na última década, um percurso de polémicas, processos judiciais, detenções e prisões, sobretudo desde que perdeu para Manuel Vilarinho as eleições presidenciais do clube da Luz, em Novembro de 2000.
O mandato de Vale e Azevedo, que três anos antes tinha concorrido contra Manuel Damásio com a promessa de resgatar Rui Costa à Fiorentina, ficou marcado por inúmeras polémicas e por um dos poucos méritos que lhe apontam: ter apostado em José Mourinho, na altura adjunto no FC Barcelona, para o comando técnico do Benfica.
No entanto, o mandato de Vale e Azevedo ficou também marcado por sucessivos atrasos no pagamento de transferências de jogadores e a rescisão unilateral com a Olivedesportos, que detinha os direitos de transmissões televisivas do Benfica.
O homem que figura na história do clube "encarnado" como 31º presidente do Benfica acabou por ser alvo de uma inédita decisão em Maio de 2005, quando foi expulso de associado do clube, em Assembleia Geral, perdendo um cartão que detinha desde os seus 15 anos.
Antigo assessor jurídico de Pinto Balsemão no VIII Governo Constitucional, entre 1981 e 1993, Vale e Azevedo exerceu posteriormente funções de consultadoria e de gestão em várias empresas.
A detenção de hoje em Londres, onde Vale e Azevedo reside desde 2006, deve-se à condenação de uma pena de prisão de sete anos e meio por um crime de falsificação e um crime de burla qualificada no âmbito do processo Dantas da Cunha.
Este processo está relacionado com a adulteração de procurações para obter, à revelia e sem autorização do advogado Pedro Dantas da Cunha, poderes para hipotecar, em 1997, um imóvel localizado no Areeiro, em Lisboa, como garantia de um empréstimo no valor de 1,5 milhões de contos, contraído junto da Caixa Geral de Depósitos.
Mas antes, Vale e Azevedo, um antigo praticante de râguebi, já tinha sido condenado em outros dois processos. O primeiro, em Abril de 2002, mereceu uma condenação de quatro anos e meio por crime de abuso de confiança e branqueamento de capitais no processo de transferência do guarda-redes russo Sergei Ovchinikov do Benfica para o Alverca.
Cinco anos depois, Vale e Azevedo é condenado a cinco anos de prisão no âmbito do caso Ribafria, por crime continuado de burla qualificada, por apropriação ilícita de 1,5 milhões de euros, numa operação de transferências bancárias com o intuito de obter vantagens fiscais para dois empresários do ramo da cortiça.
Entretanto, o antigo presidente do Benfica foi ouvido hoje à tarde no Tribunal de Westminster e foi libertado sem fiança, uma vez que o juiz considerou não haver risco de fuga, disse à Agência Lusa o advogado Edward Perrott.
De acordo com o advogado britânico que representa João Vale e Azevedo no Reino Unido, o tribunal considerou que o ex-presidente do Benfica "colaborou sempre com as autoridades britânicas", pelo que decidiu não ser necessário decretar prisão preventiva ou o pagamento de uma fiança.
João Vale e Azevedo aguardará assim a decisão do tribunal em liberdade.
O mandato de Vale e Azevedo, que três anos antes tinha concorrido contra Manuel Damásio com a promessa de resgatar Rui Costa à Fiorentina, ficou marcado por inúmeras polémicas e por um dos poucos méritos que lhe apontam: ter apostado em José Mourinho, na altura adjunto no FC Barcelona, para o comando técnico do Benfica.
No entanto, o mandato de Vale e Azevedo ficou também marcado por sucessivos atrasos no pagamento de transferências de jogadores e a rescisão unilateral com a Olivedesportos, que detinha os direitos de transmissões televisivas do Benfica.
O homem que figura na história do clube "encarnado" como 31º presidente do Benfica acabou por ser alvo de uma inédita decisão em Maio de 2005, quando foi expulso de associado do clube, em Assembleia Geral, perdendo um cartão que detinha desde os seus 15 anos.
Antigo assessor jurídico de Pinto Balsemão no VIII Governo Constitucional, entre 1981 e 1993, Vale e Azevedo exerceu posteriormente funções de consultadoria e de gestão em várias empresas.
A detenção de hoje em Londres, onde Vale e Azevedo reside desde 2006, deve-se à condenação de uma pena de prisão de sete anos e meio por um crime de falsificação e um crime de burla qualificada no âmbito do processo Dantas da Cunha.
Este processo está relacionado com a adulteração de procurações para obter, à revelia e sem autorização do advogado Pedro Dantas da Cunha, poderes para hipotecar, em 1997, um imóvel localizado no Areeiro, em Lisboa, como garantia de um empréstimo no valor de 1,5 milhões de contos, contraído junto da Caixa Geral de Depósitos.
Mas antes, Vale e Azevedo, um antigo praticante de râguebi, já tinha sido condenado em outros dois processos. O primeiro, em Abril de 2002, mereceu uma condenação de quatro anos e meio por crime de abuso de confiança e branqueamento de capitais no processo de transferência do guarda-redes russo Sergei Ovchinikov do Benfica para o Alverca.
Cinco anos depois, Vale e Azevedo é condenado a cinco anos de prisão no âmbito do caso Ribafria, por crime continuado de burla qualificada, por apropriação ilícita de 1,5 milhões de euros, numa operação de transferências bancárias com o intuito de obter vantagens fiscais para dois empresários do ramo da cortiça.
Entretanto, o antigo presidente do Benfica foi ouvido hoje à tarde no Tribunal de Westminster e foi libertado sem fiança, uma vez que o juiz considerou não haver risco de fuga, disse à Agência Lusa o advogado Edward Perrott.
De acordo com o advogado britânico que representa João Vale e Azevedo no Reino Unido, o tribunal considerou que o ex-presidente do Benfica "colaborou sempre com as autoridades britânicas", pelo que decidiu não ser necessário decretar prisão preventiva ou o pagamento de uma fiança.
João Vale e Azevedo aguardará assim a decisão do tribunal em liberdade.