Açoriano Oriental
“Vai ser importante terminarmos os ralis e fazer quilómetros para ganhar experiência”

Entrevista a Pedro Câmara, piloto de ralis

“Vai ser importante terminarmos os ralis e fazer quilómetros para ganhar experiência”

Autor: Arthur Melo

Quais são as expectativas para a estreia do Pedro Câmara, não nos ralis porque esta aconteceu, no passado mês de abril, no Rallye Capital do Queijo e das Fajãs, na ilha de São Jorge, mas no projeto promovido pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, o FPAK Júnior Team 2025, no Rali de Castelo Branco?

As expectativas são bastante altas. É um privilégio enorme poder ter esta oportunidade e só tenho a agradecer a todos aqueles que estão a fazer parte deste processo. 

Além da minha vontade de vencer, que é para isso que trabalhamos, julgo que vai ser muito importante terminarmos todos os ralis e fazer quilómetros para poder ganhar experiência. Sou novo, vou estrear-me no asfalto aos comandos do Peugeot 208 Rally6 e encaro tudo isso como uma grande aprendizagem e como uma boa rampa de lançamento para, quem sabe, nos próximos anos poder participar em projetos mais elaborados.

Para além da estreia no asfalto, este rali vai proporcionar-te uma nova envolvência na modalidade. Como vai ser a postura do Pedro Câmara nesta primeira das cinco provas pontuáveis para o Campeonato de Portugal Júnior de Ralis?

Será tudo novo para mim. Tenho que manter uma postura calma, fria e racional, principalmente não posso cometer erros estúpidos, até porque tenho tido boas oportunidades e tenho que as aproveitar. Vou entrar com o pé direito, em força, rápido como sabemos fazer e tentar jogar um pouco pelo seguro, mas sempre impondo um ritmo bastante elevado.

O facto de teres sido o vencedor da iniciativa FPAK Júnior Team para os ralis carrega em cima dos teus ombros algum tipo de responsabilidade?

Não vejo como uma responsabilidade, mas sim como um certo elogio, uma certa crítica positiva, digamos assim, e agora tenho de comprovar aquilo que o júri viu em mim. Tenho vindo a fazer um bom trabalho com toda a minha equipa. Já fizemos vários quilómetros de testes no asfalto, já estive com o meu pai a ver vídeos ‘onboards’ e a ajuda que ele me dá é muito importante. É um ponto muito positivo que eu tenho, o poder ter alguém do meu lado muito experiente como o meu pai e como o meu tio e penso que isso será uma grande ajuda e vantagem para mim e, certamente, ajudar-me-á a chegar mais rapidamente ao sítio onde quero chegar.

O teu tio, o João Câmara, vai acompanhar-te como navegador nas provas. Esta relação familiar dentro do carro vai ser benéfica para ti neste início de carreira?

Sim. Ter o meu tio ao meu lado vai ser uma grande vantagem para mim porque já não tenho que começar tudo do zero. Já temos uma grande ligação, confio a 100% naquilo que o meu tio me diz e sempre me habituei a ver os vídeos ‘onboard’ do meu pai com o meu tio ao lado a falar e isso já não me estranha nada. Penso, aliás, que este é um ponto bastante positivo, porque é super importante confiar em quem nos dita as notas porque, no final de contas, eu faço aquilo que ele me diz. A meu ver, este é um ponto bastante positivo.

Quais são as sensações que tens retirado dos contactos que já tiveste com o Peugeot 208 Rally6?

É tudo novo para mim. Adoro este mundo das corridas, onde cresci desde pequeno e é uma gratidão enorme, um privilégio gigante, poder estar aqui no meio daquilo que sempre quis, que são os ralis e, ainda por cima, a nível nacional!

Estou bastante feliz com o carro. É um carro bastante competitivo e vamos ver o que é que conseguimos fazer no Rali de Castelo Branco. Vamos tentar terminar as corridas todas, fazer o máximo de quilómetros possível, aprender, desfrutar e se possível ganhar, que é o meu objetivo.







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