Autor: Lusa/AO Online
No seu relatório sobre a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem nas universidades, o grupo faz 16 recomendações, apelando à formação obrigatória certificada dos professores e de outro pessoal docente do ensino superior, a um maior foco no desenvolvimento de competências empreendedoras e inovadoras por parte dos estudantes, bem como à criação de uma Academia Europeia do Ensino e da Aprendizagem.
“Todo o pessoal docente do ensino superior em 2020 deve ter recebido formação pedagógica certificada”, recomenda o grupo presidido pela antiga presidente da Irlanda Mary McAleese e criado pela Comissão Europeia em setembro último.
O grupo defende também que as autoridades públicas responsáveis pelo ensino superior devem “garantir a existência de um quadro sustentável, com financiamento adequado”, bem como a criação de “sistemas de aconselhamento, orientação, acompanhamento e rastreio para ajudar os estudantes no acesso ao ensino superior e no seu percurso de graduação e pós-graduação”.
Outra das recomendações é o reconhecimento e a recompensa, por parte dos responsáveis das instituições, dos professores que “deem um contributo significativo para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem”, o que, sugere o grupo, poderá ser feito “através de bolsas ou prémios”.
O grupo de alto nível recomenda ainda que a UE apoie a aplicação das recomendações feitas no relatório, que não inclui exemplos portugueses.
As recomendações do grupo "são oportunas, práticas e não exigem necessariamente uma elevada despesa adicional", disse a comissária europeia responsável pela Educação, Androulla Vassiliou, garantindo que o executivo comunitário "tudo fará para apoiar" a sua aplicação.
O próximo relatório do grupo de alto nível deverá ser publicado em junho de 2014.