Autor: Lusa/AO online
"Eu fui o único coordenador que foi afastado em concreto de uma investigação criminal, ainda ela [investigação] decorria, o que é um acto muito perigoso. E mais não digo", declarou Gonçalo Amaral pouco depois de abandonar a Directoria da Polícia Judiciária de Faro, às 17:30, no seu último dia de trabalho antes de se reformar.
O ex-inspector acrescentou que o assunto "poderá um dos temas abordados no livro que será lançado assim que o segredo de justiça seja levando do mediático caso "Madeleine McCann", a menina inglesa que desapareceu a 03 de Maio de 2007.
Gonçalo Amaral referiu também que nunca foi abordado directamente por ninguém do Governo sobre o seu afastamento.
No seu último dia antes de entrar para a reforma, Gonçalo Amaral referiu que "trabalhou muito" e que o seu último acto foi o de "resolver questões práticas de transporte para Lisboa" das cerca de duas toneladas e meia de haxixe que foram apreendidas domingo em Faro, numa operação que decorreu sob a sua coordenação.
Questionado sobre se gostaria de ficar mais uns anos a trabalhar na Judiciária, caso não tivesse sido afastado do caso "Madeleine", o ex-inspector afirmou, emocionado, que era possível.
Escusando-se a enumerar os casos que mais o marcaram na vida da Judiciária, Gonçalo Amaral mencionou que muitas investigações - como o da "Mariana dos Açores", ou "caso Joana" - tiveram "influência na vida privada" pelo "tempo que se perdeu a investigar e a força e a intensidade" que puseram muitas vezes em causa a família.
Em entrevista hoje à Lusa, Gonçalo Amaral afirmou que uma das principais razões para ter pedido a reforma da PJ foi para atingir a "plenitude de liberdade de expressão" e consequentemente poder defender-se.
Agora que tem essa "plenitude de liberdade de expressãoW", Gonçalo Amaral declarou que está disponível para responder a perguntas de jornalistas ingleses.
Desde que haja "um tradutor para entender bem as perguntas, certamente responderei", afirmou.
Sobre se iria accionar judicialmente alguns dos jornalistas ingleses, o ex-inspector da Judiciária referiu que está a ter "alguma dificuldade em Inglaterra" em ter patrocínio de um advogado que o represente naquele país.
"Já foram contactados dois [advogados], primeiro começam a dizer que sim e ao fim de 15 dias dizem que não. Não sei o que se estará a passar por lá, não será certamente um problema de democracia. O Reino Unido é um país democrático, e as suas leis são democráticas, portanto toda a gente deve ter direito. Não entendo o que se está a passar", disse Gonçalo Amaral.
No fim do último dia de trabalho na PJ, o antigo coordenador quis agradecer aos "milhares de cidadãos anónimos" que, a partir de 02 de Outubro, lhe fizeram chegar mensagens de solidariedade - em cartas de todo o mundo, desde o Canadá, Austrália e também de Inglaterra.
Gonçalo Amaral, 48 anos, começou a trabalhar na função pública aos 14 anos e viveu hoje o último dia ao serviço da Polícia Judiciária, depois de, recentemente, ter sido o inspector da PJ mais badalado pela comunicação social portuguesa e britânica por ter coordenado o caso "Madeleine McCann", a menina inglesa desaparecida no Algarve a 03 de Maio de 2007.
O ex-inspector acrescentou que o assunto "poderá um dos temas abordados no livro que será lançado assim que o segredo de justiça seja levando do mediático caso "Madeleine McCann", a menina inglesa que desapareceu a 03 de Maio de 2007.
Gonçalo Amaral referiu também que nunca foi abordado directamente por ninguém do Governo sobre o seu afastamento.
No seu último dia antes de entrar para a reforma, Gonçalo Amaral referiu que "trabalhou muito" e que o seu último acto foi o de "resolver questões práticas de transporte para Lisboa" das cerca de duas toneladas e meia de haxixe que foram apreendidas domingo em Faro, numa operação que decorreu sob a sua coordenação.
Questionado sobre se gostaria de ficar mais uns anos a trabalhar na Judiciária, caso não tivesse sido afastado do caso "Madeleine", o ex-inspector afirmou, emocionado, que era possível.
Escusando-se a enumerar os casos que mais o marcaram na vida da Judiciária, Gonçalo Amaral mencionou que muitas investigações - como o da "Mariana dos Açores", ou "caso Joana" - tiveram "influência na vida privada" pelo "tempo que se perdeu a investigar e a força e a intensidade" que puseram muitas vezes em causa a família.
Em entrevista hoje à Lusa, Gonçalo Amaral afirmou que uma das principais razões para ter pedido a reforma da PJ foi para atingir a "plenitude de liberdade de expressão" e consequentemente poder defender-se.
Agora que tem essa "plenitude de liberdade de expressãoW", Gonçalo Amaral declarou que está disponível para responder a perguntas de jornalistas ingleses.
Desde que haja "um tradutor para entender bem as perguntas, certamente responderei", afirmou.
Sobre se iria accionar judicialmente alguns dos jornalistas ingleses, o ex-inspector da Judiciária referiu que está a ter "alguma dificuldade em Inglaterra" em ter patrocínio de um advogado que o represente naquele país.
"Já foram contactados dois [advogados], primeiro começam a dizer que sim e ao fim de 15 dias dizem que não. Não sei o que se estará a passar por lá, não será certamente um problema de democracia. O Reino Unido é um país democrático, e as suas leis são democráticas, portanto toda a gente deve ter direito. Não entendo o que se está a passar", disse Gonçalo Amaral.
No fim do último dia de trabalho na PJ, o antigo coordenador quis agradecer aos "milhares de cidadãos anónimos" que, a partir de 02 de Outubro, lhe fizeram chegar mensagens de solidariedade - em cartas de todo o mundo, desde o Canadá, Austrália e também de Inglaterra.
Gonçalo Amaral, 48 anos, começou a trabalhar na função pública aos 14 anos e viveu hoje o último dia ao serviço da Polícia Judiciária, depois de, recentemente, ter sido o inspector da PJ mais badalado pela comunicação social portuguesa e britânica por ter coordenado o caso "Madeleine McCann", a menina inglesa desaparecida no Algarve a 03 de Maio de 2007.