Autor: Rafael Dutra
A secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, anunciou que a estrutura modular que será instalada na zona do heliporto do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) já estará a funcionar até ao final do mês de agosto.
Mónica Seidi falava aos jornalistas após reunião com o Conselho de Administração do HDES e com as Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros, tendo na ocasião referido que, apesar desta estrutura modular não ter capacidade “equivalente”ao HDES, tem uma “capacidade significativa” para que não sejam necessários os serviços da CUF.
“Estamos a falar de uma estrutura modular, não poderá ter uma capacidade equivalente, mas terá uma capacidade significativa para podermos sair do hospital da CUF e voltarmos ao perímetro do hospital”, realçou.
Deste modo, a governante adianta que será possível “concentrar” os serviços “dentro do perímetro hospitalar”.
“Além de urgência geral, temos urgência pediátrica e outros serviços que estão associados ao serviço de urgência, nomeadamente uma zona de internamento, que é expectável que venha a ter até 100 camas, bloco operatório e unidade de cuidados intensivos. Isto fará com que não haja dependência de outros serviços e que poderemos concentrar serviços dentro do perímetro hospitalar, assegura Mónica Seidi.
A secretária regional da Saúde aponta que é necessário “preparar o terreno”, para que se possa dar início à implementação da estrutura modular, mas salienta que é um processo “que poderá levar até três a quatro semanas”.
“O que está previsto, pela projeção que temos feito, após a conclusão dos trabalhos prévios, até 60 dias seja possível instalar a urgência”, explica, adiantando que quer iniciar “o quanto antes” os “trabalhos prévios no terreno, após passarem “alguns dos passos” necessários como a “nível de saneamento” e “telecomunicações.
“Eu gostaria de dizer que no final de agosto já poderemos ter o serviço de urgência a funcionar”, afirmou a governante.
A secretária regional da Saúde recordou que está prevista a abertura de uma ala de internamento: a ala nascente, que não sofreu muitos danos, no incêndio, e diz que a abertura da mesma ocorrerá “no final deste mês”.
“Foi uma ala que não teve tantos danos associados ao incêndio, mas que tem de ser verificada e testada para acautelar a segurança dos utentes e assim já conseguiríamos ter aqui mais 200 [camas] para satisfazer os nossos utentes”, apontou, acrescentando que se for instalado este serviço de internamento, “o posto médio avançado” será desmobilizado.
“Portanto é menos uma área fora do hospital onde os profissionais de saúde terão de laborar”, assinalou Mónica Seidi, reforçando ainda que existem vários canais que os cidadãos devem utilizar antes de se dirigem aos serviços de urgência.
“Estamos distribuídos por vários sítios. E, é importante continuar a reforçar à população que há canais antes de se dirigirem, por exemplo, aos serviços de urgência”, sublinhou Mónica Seidi em declarações aos jornalistas.
Neste sentido, a governante apela ao uso da linha de Saúde Açores ou, “no caso dos cuidados de saúde primários”, e relembra que a Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel “tem por dia cerca de 150 consultas” não programadas, para “dar resposta a situações que sendo de urgência podem ser resolvidas fora do circuito hospitalar”.
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