Autor: Lusa
O programa oficial da visita aos Açores já era extenso - com passagem por cinco ilhas em quatro dias -, mas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não se mostrou afetado pela intensidade da agenda e, para o terceiro dia de visita ao arquipélago, acrescentou uma manhã passada na ilha da Graciosa, famosa pelas suas queijadas.
Foram pouco mais duas horas por lá, mas deu para o Presidente fazer exatamente o que pretendia: voltar à fábrica das Queijadas da Graciosa, onde já se tinha aventurado com as mãos na massa em junho de 2017, ainda no início do seu primeiro mandato.
“Até arrepia, isto é uma alegria”, confidenciou Eduarda, trabalhadora na fábrica da Graciosa há 20 anos, sobre a nova visita do chefe de Estado. Uma aparição que surpreendeu a si e às colegas, que souberam da chegada do Presidente da República apenas poucos minutos antes de o verem entrar pelas portas da fábrica.
Marcelo foi recebido com a mais variada doçaria local, e assim que entrou na loja foi até às prateleiras analisar os produtos lá presentes, mas era a fábrica que lhe interessava, e foi onde se tornou autor de um doce que apelidou de “queijadona”.
O nome explica-se facilmente: a mangueira que distribuía o recheio da queijada pela massa exigia uma sensibilidade especial, que a mão do Presidente demorou a habituar-se e o resultado foi o esperado. As primeiras queijadas de autor - designadas “queijadonas” - eram distintas de todas as outras e tinham recheio a transbordar pelas bordas da massa.
Num momento de boa disposição para si e para os que o recebiam, outra funcionária, que não esteve presente na última visita, perguntava retoricamente à Lusa: "Quem é que não simpatiza com este Presidente?".
Durante a rápida visita à ilha, houve ainda espaço para mais criatividades com as palavras, com o Presidente da República, logo à chegada do aeroporto, no contacto com a população da ilha, a apelidar todos os cumprimentava de “gente graciosa”.
Os trocadilhos com o nome da ilha que fez questão de visitar não ficaram por aí. Em conversa com uma mãe e a sua filha, uma criança com um cão de peluche ao colo, o Presidente foi rápido a batizar o brinquedo, que até ao momento não tinha nome: “É o Gracioso”, decidiu.
Houve tempo também para uma rápida passagem pela Adega e Cooperativa Agrícola da Ilha Graciosa, onde, depois de questões sobre o tempo de amadurecimento dos melões que ali lhe apresentava, lhe foi oferecida uma caixa cheia desses frutos típicos graciosenses para levar para Belém.
Segue-se esta tarde, no penúltimo dia do Presidente no arquipélago, uma visita à ilha de São Miguel, com o Presidente da República a prever passar na Associação Agrícola e na localidade de Rabo de Peixe.