Autor: Lusa
Numa cerimónia extraordinária de entronização, realizada no auditório municipal de Velas, Açores, a oficialização de Marcelo Rebelo de Sousa como o mais recente confrade da associação são-jorgense fez-se através da entrega das insígnias pelo líder (designado por “cabeça”) da confraria, a que se seguiu a leitura de um compromisso de honra.
Já como confrade, o Presidente da República discursou para salientar o papel das confrarias no país no domínio gastronómico, educativo ou social e elogiar o caráter “universal” e a ligação às raízes da confraria promotora do queijo com denominação de origem protegida São Jorge.
Marcelo explicou os motivos para aceitar o convite para ser confrade, depois de ter prometido que não aceitaria ser membro de qualquer confraria, justificando que foi uma decisão onde “entrou a paixão” e o gosto pelo queijo, mas também “razões institucionais” relacionadas com a importância da confraria nos Açores.
Sobre o queijo de São Jorge, o Presidente defendeu que “nada se compara” na categoria, descrevendo-o como “suficientemente forte para não ser esmagado por nada que se beba ou se coma” a acompanhar.
Marcelo Rebelo de Sousa confessou ainda sentir uma “grande alegria” por, “a título excecional”, a confraria o acompanhar “no resto da vida terrena".
“E hei de encontrar a fórmula imaginativa de transportar a alegria para a vida eterna”, acrescentou, depois de ter dito que se sentia preocupado por não haver queijo de São Jorge “na outra vida”, e de ter a “secreta esperança” de que haja um “confrade mais antigo, que tenha partido antes” e “tenha levado a mensagem” sobre o quejo.
Para encerrar a cerimónia, entoou-se no auditório o hino da Confraria do Queijo de São Jorge, seguido de aplausos e de uma fotografia de grupo.