Açoriano Oriental
Política
Louçã pede ao Governo imposto sobre "grandes fortunas" como a de Américo Amorim
O líder do Bloco de Esquerda pediu em Guimarães, ao Governo "respeito" por quem trabalha e exigiu a aplicação de um imposto sobre as grandes fortunas, como a do "dono da Galp, Américo Amorim".
Louçã pede ao Governo imposto sobre "grandes fortunas" como a de Américo Amorim

Autor: Lusa/AO online
"Porque é que os milionários, como sucede já em Espanha e em França, não podem dar um pequeno contributo aos que mais precisam, tirado da sua grande fortuna?”, questionou Francisco Louçã, classificando como "escandaloso" que as petrolíferas possam ter 400 milhões de euros de lucros a mais com a especulação do preço do barril de petróleo.
O dirigente partidário falava num comício do partido realizado sábado à noite num jardim da vila de Pevidém, onde estiveram presentes 180 pessoas.
Louçã fez o contraponto entre as grandes fortunas de alguns e a situação de 1,8 milhões de pessoas, "a maioria reformados, que recebem pensões de 300 a 400 euros por mês", aproveitando para rebater a ideia de que em Portugal há insegurança criminal: "a insegurança é a das pessoas que vivem a dureza da vida, esmagadas pelo aumento dos alimentos, dos combustíveis e dos juros", afirmou.
Propôs uma política que enfrente a "situação de emergência social" que o país vive, e evocou as recentes manifestações de professores, com cartazes onde se pedia "respeito" ao Governo: "queremos respeito e não um Código do Desemprego que fomenta o trabalho precário", sublinhou.
Disse que as perspectivas de futuro não são animadoras para a generalidade dos portugueses, devido ao novo Código de Trabalho, que - vaticinou - "trará o crescimento dos despedimentos, o não-pagamento de horas extraordinárias, e o desrespeito pelos empregadores das decisões dos tribunais, nomeadamente das que obrigam a reintegrar um trabalhador despedido sem justa causa".
Incentivado por alguns dos presentes que gritavam "abaixo o capitalismo", Francisco Louçã insistiu no que apelidou de "escândalo dos lucros especulativos" das empresas petrolíferas, apelando à "fixação de preços" e dizendo que "não é justo que os portugueses paguem um cêntimo que seja de preço especulativo nos combustíveis".
"Como é possível que o Governo fixe um imposto de 25 por cento sobre os lucros especulativos de 400 milhões das petrolíferas, deixando-lhes 300 milhões?”, acentuou, perguntando, ainda, se "especular não é enganar as pessoas?"
A concluir, o líder do BE apelou a todos os trabalhadores e "homens de esquerda" à participação nas lutas que se avizinham contra o Código laboral, e pela exigência de uma "política de respeito que não despreze a democracia".
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