Autor: Carolina Moreira
A Junta de Freguesia do Livramento anunciou que pretende pedir ao Governo Regional a realização de uma vistoria ao património do Solar das Necessidades e defende a definição de medidas de proteção e salvaguarda do seu património.
Num publicação nas redes sociais, a Junta manifestou a sua “preocupação” com “um eventual risco de degradação do património, especialmente se não forem tomadas medidas imediatas para a sua salvaguarda e proteção”, após o Açoriano Oriental ter noticiado, a 1 de junho deste ano, a existência de uma petição pública a alertar para a degradação do património classificado da Quinta das Necessidades e a apelar à intervenção junto da entidade gestora.
A Junta de Freguesia anunciou que pretende agora “solicitar à Secretaria Regional da Educação, Cultura e Desporto a realização de uma vistoria, por técnicos da área do património cultural, para que sejam definidas as medidas de salvaguarda e proteção do património que se mostrem tecnicamente adequadas, minimizando o eventual risco da sua destruição”.
Na mesma publicação, a Junta de Freguesia do Livramento revelou que reuniu, no passado dia 3 de junho, com o administrador da sociedade Solar das Necessidades, SA, proprietária do empreendimento no Livramento, com o intuito de “sensibilizar” a empresa para a “proteção do património” do Solar, “em especial do conjunto de azulejos do século XVII, atribuídos a Gabriel del Barco, que integram a capela”.
“O administrador da sociedade Solar das Necessidades, SA comunicou que o património está salvaguardado, não havendo risco de ruína, estando os azulejos em falta na capela devidamente guardados”, adiantou a Junta de Freguesia.
Recorde-se que, em agosto de 2024, o Conselho de Governo dos Açores aprovou uma resolução que reconhecia o projeto “Solar das Necessidades Hotel”, promovido pela empresa Solar das Necessidades Hotel S.A., como de interesse regional, com validade até 2027.
Trata-se de um projeto de
investimento que consiste “na reabilitação e transformação” do Solar das
Necessidades “no primeiro hotel histórico dos Açores, de cinco
estrelas, bem como da propriedade que lhe é afeta, englobando, também, a
construção de novos edifícios complementares”, num investimento de
cerca de 27 milhões de euros.