Autor: Lusa/AO Online
"A política deste XIII Governo tem sido uma política no sentido de ser solidária”, afirmou José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas, após ter recebido em audiência a ministra da Agricultura, e quando questionado sobre a marcha lenta que os produtores de leite e de carne da ilha Terceira, agendaram para sexta-feira, em protesto pelo preço pago pela indústria.
De acordo com o chefe de Governo, “é preciso, através do diálogo e da concertação, coisa que o Governo nos Açores tem feito, encontrar entre a produção, a transformação e a comercialização uma ideia de distribuição equitativa e justa dos rendimentos".
José Manuel Bolieiro lembrou que se "vivem períodos de transição quanto aos hábitos de consumo", daí a necessidade de se apostar "mais em bens transacionáveis de valor acrescentado para garantir mais rendimento".
“Temos incentivado que, na fileira do leite, possamos fazer do leite matéria-prima em vez de produto final, para garantir que possamos apostar em produtos de valor acrescentado e de identidade", afirmou.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, lembrou que o setor leiteiro "produz hoje em Portugal bem mais do que aquilo que é a capacidade [do país] para consumir” e de exportação.
A governante referiu que "o consumo se alterou" e "o mercado também", daí a necessidade de "valorizar o produto em toda a fileira".
"Estando nós no arquipélago que produz queijo de excelente qualidade, se calhar vamos ter de pensar como é que podemos valorizar a fileira para tirar partido disto mesmo”, observou.
De acordo com a ministra, “há um esforço e um desafio pela frente que é o olhar também para as tendências de consumo e olhar para aquilo que cada região pode e deve fazer para poder valorizar toda a cadeia da fileira do leite”.
Os produtores de leite e de carne da ilha Terceira, nos Açores, vão fazer uma marcha lenta, com tratores e carrinhas, em Angra do Heroísmo, na sexta-feira, em protesto pelo preço pago pela indústria.
“A manifestação é para mostrar a indignação dos produtores e para perceberem que não é só o presidente da associação que manifesta o descontentamento. Há um descontentamento geral, quer dos produtores de leite, quer dos produtores de carne da ilha Terceira”, adiantou na terça-feira, em declarações à Lusa, o presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), José António Azevedo.
Segundo o dirigente, a ideia partiu de um grupo de produtores, que pediu apoio à associação na organização de uma manifestação, em que esperam uma adesão elevada.
“Neste momento já temos a garantia de mais 100 tratores com reboques”, avançou José António Azevedo.
A manifestação surge na sequência do anúncio do aumento de um cêntimo no preço do litro de leite pago aos produtores das ilhas Terceira e Graciosa, pela União das Cooperativas de Laticínios Terceirense (Unicol).
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