Para a edição deste ano da Feira de São João nas Sanjoaninas 2023, a Tertúlia Tauromáquica Terceirense manteve as linhas orientadoras de 2022, com a realização de 3 espetáculos: duas corridas à portuguesa, nos dias 24 e 25 de junho, e uma corrida mista a 1 de julho. Este ano a TTT optou por dar destaque àquele que é o ator principal da Festa Brava- o Toiro- e à figura do forcado, relevando a efeméride que é o quinquagésimo aniversário do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, na tarde de 24 de junho.

A programação para as Sanjoaninas 2023 engloba ainda a vertente popular, com a realização de touradas à corda no Porto das Pipas e a tradicional Espera de Gado no Alto das Covas.

Em 2023 a TTT tentou dar ênfase ao Toiro “através de curros com trapio, saltando à vista a inclusão de um curro de uma ganadaria continental, Veiga Teixeira, que são um aliciante para esta feira. Em todas as corridas serão lidados hastados com 4 anos, tanto a cavalo como a pé, situação determinante para a verdade da Festa.
Serão também atribuídos prémios de feira”, adiantou Lino Pires ao Açoriano Oriental.

Lino assume que a escolha do cartaz é sempre uma dicotomia entre a atratividade e a capacidade orçamental: “os nomes dos intervenientes são escolhidos de modo a manter a qualidade do certame, num equilíbrio com o orçamento disponível, mas sempre de modo que seja atrativo e leve os aficionados à praça. António Teles só por si é um nome forte da tauromaquia nacional, há largos anos que não vinha tourear às Sanjoaninas, e regressa num ano em que comemora 40 anos de alternativa. Francisco Palha é também um já assumido cavaleiro de primeira linha, irreverente e promete emoção em cada lide. Na principal montra taurina dos Açores, não podemos abdicar da presença dos irmãos Tiago e João Pamplona, não só pela oportunidade que lhes é dada, mas sim por mérito próprio. O jovem António Teles filho foi também aposta, faz a sua estreia à afición local e certamente irá demonstrar na arena o porquê de ser um nome a fixar. Para o toureio a pé, Luís Adame, matador de toiros de toureio variado e de entrega e voltamos a dar primazia a um matador luso, Joaquim Ribeiro Cuqui”, rematou.

Lino Pires assume as dificuldades da insularidade na organização do certame tauromáquico: “os custos associados a transportes e à logística das viagens. É o custo da insularidade, pois sem essas despesas certamente poderíamos trazer mais nomes mais conhecidos e elevar ainda mais o nome das Sanjoaninas e da Feira de São João no exterior”.

Ainda assim, para a instituição tauromáquica as expectativas são as melhores, mesmo “sabendo que os tempos atuais em termos financeiros são difíceis, mas convictos de que as três corridas terão uma forte adesão por parte da afición local e de todos os que estarão pela ilha Terceira nesta altura. A Praça de Toiros Ilha Terceira tem a capacidade para cerca de 4600 pessoas. A vontade de qualquer organização é sempre levar o maior número à praça, é para isso que também trabalhamos”, acrescenta.

Os bilhetes já se encontram à venda desde meados de abril, sendo que o maior fluxo de procura acontece normalmente nos dias anteriores às corridas.

“Muitos visitam-nos nessa época motivados pelo ambiente taurino que se vive na cidade e na ilha. Desde já deixo o convite para irem à praça. Certamente vão vivenciar boas emoções”, convida o presidente da TTT.