Autor: Lusa/AO online
Em entrevista à agência Lusa, Denis Delbourg disse que aqueles são os assuntos essenciais e que embora já estejam "na agenda europeia", o objectivo é "tentar ir mais longe".
A nível da energia, alterações económicas e ambiente a agenda inclui "todos os esforços que têm de ser feitos para chegar a uma posição comum dos 27 na perspectiva internacional" da redução dos gases com efeito de estufa e na preparação do pós-Quioto.
"A Europa só pode ter força (em termos internacionais) se tiver uma posição comum", lembrou o embaixador.
Quanto à imigração, Denis Delbourg assinalou que o programa da presidência francesa defende uma "boa política de integração" para os imigrantes legais, a prevenção em relação aos ilegais através do controlo das fronteiras, assim como uma "política de concertação com os países de origem" e políticas de desenvolvimento destes.
A existência do espaço Schengen, onde a entrada num dos países que a ele pertence significa acesso a todos os outros, leva a que seja "preciso evitar distorções" e exige "um mínimo de harmonização" entre os Estados membros, sustentou.
Com condições, salientou o embaixador, "a imigração constitui uma riqueza para a economia dos países de acolhimento e para o desenvolvimento dos países de origem".
Em relação à política de defesa e segurança, o objectivo é actualizar a estratégia já estudada em termos europeus em 2003, tendo em conta as novas ameaças como o terrorismo, os ataques marítimos, os cibercrimes, a criminalidade internacional e as catástrofes naturais, explicou Denis Delbourg.
"Desejamos uma política com uma aproximação global à segurança", disse, adiantando que "a capacidade de defesa europeia deve poder manifestar-se" no interior da NATO e fora da Aliança Atlântica.
"A França vai tentar que os países europeus reforcem a sua capacidade de defesa, de projecção" e também ao nível da indústria de armamento, precisou o diplomata.
Preparar as disposições a tomar após 2013, data em que a União Europeia terá um novo orçamento, é o programa em relação à política agrícola comum (PAC).
O aumento do preço dos produtos alimentares e a sua falta, assim como as exigências ambientais alteraram a situação em termos agrícolas, lembrou Denis Delbourg, assinalando que "a Europa não pode perder alguma capacidade de autosuficiência, alguma independência".
Neste contexto, pretende-se "continuar a modernização já iniciada, tornar as ajudas mais eficazes", bem como conseguir um "equilíbrio entre política de intervenção e do mercado e entre desenvolvimento rural e preocupações ambientais", precisou.
O embaixador da França em Portugal, que está em Lisboa desde Fevereiro, indicou ainda como "projecto especial" da presidência francesa o lançamento dia 13 de Julho da União para o Mediterrâneo, que poderá dar uma nova dinâmica ao Processo de Barcelona de parceria euro-mediterrânica.
Questionado sobre se o "não" irlandês ao Tratado de Lisboa veio comprometer algumas das prioridades da presidência francesa, Denis Delbourg negou-o.
"O 'não' irlandês não põe em causa os progressos que a Europa pode fazer nas questões que referi", afirmou.
Lembrando que a presidência francesa "decorreria sempre no quadro do Tratado de Nice", o embaixador francês disse que o último conselho europeu se pronunciou no sentido de que aqueles dossiers avançassem.
"Não há nenhuma razão para atrasar as discussões. É importante continuar a reflectir e a tomar decisões", insistiu.
Denis Delbourg salientou que, por exemplo, quem pode contribuir em matéria de defesa deve poder estudar tal hipótese para reforçar a capacidade da Europa em "controlar o seu destino".
Reconheceu, no entanto, ser "preciso levar a sério o 'não' irlandês", adiantando que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se desloca à Irlanda no próximo 11 para analisar a questão com os dirigentes do país, estando o assunto também na agenda do Conselho Europeu de Outubro.
Ainda em relação ao Tratado de Lisboa e de acordo com as conclusões do último Conselho Europeu, a França pensa que "a ratificação deve prosseguir sem excepção", disse o embaixador.
A rejeição do Tratado, no passado dia 12, pelos eleitores da Irlanda, o único dos 27 que o submeteu a referendo por imposição constitucional, reabriu o debate sobre a crise institucional da União Europeia (UE), que o texto se propunha resolver.
Para já está anulado o calendário para a entrada em vigor do Tratado Reformador da UE, assinado em Lisboa a 13 de Dezembro último, prevista para 01 de Janeiro próximo.
Até agora o Tratado de Lisboa foi ratificado por 19 Estados membros, incluindo o Reino Unido já depois do "não" irlandês, faltando sete completarem o processo de ratificação: República Checa, Espanha, Itália, Holanda, Bélgica, Chipre e Suécia.
A nível da energia, alterações económicas e ambiente a agenda inclui "todos os esforços que têm de ser feitos para chegar a uma posição comum dos 27 na perspectiva internacional" da redução dos gases com efeito de estufa e na preparação do pós-Quioto.
"A Europa só pode ter força (em termos internacionais) se tiver uma posição comum", lembrou o embaixador.
Quanto à imigração, Denis Delbourg assinalou que o programa da presidência francesa defende uma "boa política de integração" para os imigrantes legais, a prevenção em relação aos ilegais através do controlo das fronteiras, assim como uma "política de concertação com os países de origem" e políticas de desenvolvimento destes.
A existência do espaço Schengen, onde a entrada num dos países que a ele pertence significa acesso a todos os outros, leva a que seja "preciso evitar distorções" e exige "um mínimo de harmonização" entre os Estados membros, sustentou.
Com condições, salientou o embaixador, "a imigração constitui uma riqueza para a economia dos países de acolhimento e para o desenvolvimento dos países de origem".
Em relação à política de defesa e segurança, o objectivo é actualizar a estratégia já estudada em termos europeus em 2003, tendo em conta as novas ameaças como o terrorismo, os ataques marítimos, os cibercrimes, a criminalidade internacional e as catástrofes naturais, explicou Denis Delbourg.
"Desejamos uma política com uma aproximação global à segurança", disse, adiantando que "a capacidade de defesa europeia deve poder manifestar-se" no interior da NATO e fora da Aliança Atlântica.
"A França vai tentar que os países europeus reforcem a sua capacidade de defesa, de projecção" e também ao nível da indústria de armamento, precisou o diplomata.
Preparar as disposições a tomar após 2013, data em que a União Europeia terá um novo orçamento, é o programa em relação à política agrícola comum (PAC).
O aumento do preço dos produtos alimentares e a sua falta, assim como as exigências ambientais alteraram a situação em termos agrícolas, lembrou Denis Delbourg, assinalando que "a Europa não pode perder alguma capacidade de autosuficiência, alguma independência".
Neste contexto, pretende-se "continuar a modernização já iniciada, tornar as ajudas mais eficazes", bem como conseguir um "equilíbrio entre política de intervenção e do mercado e entre desenvolvimento rural e preocupações ambientais", precisou.
O embaixador da França em Portugal, que está em Lisboa desde Fevereiro, indicou ainda como "projecto especial" da presidência francesa o lançamento dia 13 de Julho da União para o Mediterrâneo, que poderá dar uma nova dinâmica ao Processo de Barcelona de parceria euro-mediterrânica.
Questionado sobre se o "não" irlandês ao Tratado de Lisboa veio comprometer algumas das prioridades da presidência francesa, Denis Delbourg negou-o.
"O 'não' irlandês não põe em causa os progressos que a Europa pode fazer nas questões que referi", afirmou.
Lembrando que a presidência francesa "decorreria sempre no quadro do Tratado de Nice", o embaixador francês disse que o último conselho europeu se pronunciou no sentido de que aqueles dossiers avançassem.
"Não há nenhuma razão para atrasar as discussões. É importante continuar a reflectir e a tomar decisões", insistiu.
Denis Delbourg salientou que, por exemplo, quem pode contribuir em matéria de defesa deve poder estudar tal hipótese para reforçar a capacidade da Europa em "controlar o seu destino".
Reconheceu, no entanto, ser "preciso levar a sério o 'não' irlandês", adiantando que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se desloca à Irlanda no próximo 11 para analisar a questão com os dirigentes do país, estando o assunto também na agenda do Conselho Europeu de Outubro.
Ainda em relação ao Tratado de Lisboa e de acordo com as conclusões do último Conselho Europeu, a França pensa que "a ratificação deve prosseguir sem excepção", disse o embaixador.
A rejeição do Tratado, no passado dia 12, pelos eleitores da Irlanda, o único dos 27 que o submeteu a referendo por imposição constitucional, reabriu o debate sobre a crise institucional da União Europeia (UE), que o texto se propunha resolver.
Para já está anulado o calendário para a entrada em vigor do Tratado Reformador da UE, assinado em Lisboa a 13 de Dezembro último, prevista para 01 de Janeiro próximo.
Até agora o Tratado de Lisboa foi ratificado por 19 Estados membros, incluindo o Reino Unido já depois do "não" irlandês, faltando sete completarem o processo de ratificação: República Checa, Espanha, Itália, Holanda, Bélgica, Chipre e Suécia.