Açoriano Oriental
Conjuntura
Economia chinesa arrefece mas continua a crescer
A acelerada economia chinesa abrandou o ritmo mas manteve o crescimento acima dos dez por cento na primeira metade do ano, acalmou a inflação e esteve protegida dos contratempos económicos globais, mostram dados oficiais.

Autor: Lusa/AO online
A economia chinesa cresceu 10,4 por cento no primeiro semestre do ano e 10,1 por cento no segundo trimestre, registando um abrandamento em relação à expansão de 11,9 por cento em 2007, disse hoje o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês.

    O porta-voz do Gabinete, Li Xiaochao, afirmou que a inflação, os problemas de fornecimento de produtos alimentares e os problemas económicos globais estiveram entre as principais preocupações de Pequim.

    "A pressão para o rápido aumento dos preços mantém-se elevada, há factores que obrigam a controlar a produção agrícola", explicou Li.

    "A situação financeira internacional é severa e há incertezas no desenvolvimento da economia mundial", acrescentou.

    Apesar destes obstáculos, Li referiu que a economia chinesa se mantém forte.

    "A economia nacional mantém o impulso do crescimento firme e rápido", observou.

    O Índice de Preços do Consumidor chinês - principal indicador da inflação - aumentou 7,9 por cento na primeira metade do ano, com os preços dos bens alimentares a dispararem 20,4 por cento, segundo o Gabinete.

    Mas a inflação desceu do valor mais alto em doze anos, quando chegou aos 8,7 por cento em Fevereiro, uma redução que, de acordo com alguns economistas citados na imprensa chinesa, aconteceu devido a um conjunto de medidas económicas rigorosas que incluíram a subida das taxas de juro.

    Só em Junho, a inflação foi de 7,1 por cento, apontam os dados oficiais.

    Na semana passada, a China divulgou números que revelam uma descida de 12 por cento no excedente comercial entre Janeiro e Junho, com as exportações chinesas a enfrentarem o abrandamento económico global, sobretudo com problemas nos Estados Unidos.

    A apreciação da moeda chinesa, o renminbi, face ao dólar, bem como as tarifas impostas à exportação pelo governo para controlar o excedente comercial, também contribuiram para o declínio do execedente.

    Especialistas afirmaram à imprensa oficial que embora a economia mundial esteja a abrandar e a China continue com uma inflação elevada, o governo chinês possui as ferramentas para manter o controlo da política económica interna.

    Os investimentos em activos fixos, principal indicador da despesa estatal sobre a capacidade produtiva, subiram 26,3 por cento na segunda metade de 2008 em relação ao ano anterior, disse o Gabinete.

    A produção industrial, indicador chave para avaliar as actividades das fábricas chinesas, cresceu 16,3 por cento no primeiro semestre de 2008 e só no mês de Junho aumentou 16 por cento.

    As vendas no retalho registaram uma expansão de 21,4 por cento em seis meses e 23 por cento em Junho.
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