Autor: Lusa/AO online
"Os partidos da coligação chegaram a um acordo de princípio para lançar uma moção de destituição contra o Presidente Musharraf", adiantou uma das fontes, no terceiro dia de negociações entre os responsáveis da coligação no poder.
O porta-voz dos dois partidos - respectivamente conduzidos pelo viúvo de Benazir Bhutto, Asif Ali Zardari, e o antigo primeiro-ministro Nawaz Sharif - afirmou que será feito um anúncio oficial ainda hoje.
De acordo com a imprensa, a coligação governamental formada em Março por Asif Ali Zardari e Nawaz Sharif discutiu terça-feira à noite um eventual processo de destituição de Musharraf.
Os dois homens encontraram-se novamente na quarta-feira e terão acordado, segundo os jornais, pedir ao Presidente para sair e, em caso de recusa, preparar uma destituição perante o parlamento antes de Musharraf poder dissolver a assembleia.
"Chegou o tempo de tomar uma decisão definitiva", declarou quarta-feira Ahsan Iqbal, porta-voz da Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), partido de Sharif, que exige há meses a demissão do "ditador Musharraf".
"Temos um compromisso com a nação que exige deixar de ver Pervez Musharraf ocupar a presidência", insistiu Javed Hashmi, vice-presidente da PML-N.
Musharraf, no poder desde um golpe de Estado militar em 1999, perdeu as eleições legislativas de 18 de Fevereiro e o Presidente coabita desde então numa atmosfera conflituosa com um governo que reúne a ex-oposição.
Mas esta está dividida quanto ao papel a reservar ao chefe de Estado: a PML-N exige a sua partida, enquanto outra, sobretudo o Partido do Povo Paquistanês (PPP) de Asif Ali Zardari, principal força do governo, não é hostil a uma coabitação se Musharraf perder algumas prerrogativas.
O caso dos juízes do Supremo Tribunal, em particular, o destino do seu antigo presidente Iftikhar Muhammad Chaudhry, está no centro do conflito entre o ex-general Musharraf e o governo.
A coligação no poder prometeu recolocar nas suas funções os juízes destituídos por Musharraf devido à proclamação do estado de emergência em Novembro de 2007.
Se o parlamento recolocar os juízes, o Supremo Tribunal poderá em teoria voltar a julgar ilegal o novo mandato de cinco anos de Musharraf e iniciar um processo de destituição.
O Presidente Musharraf continua a beneficiar do apoio dos Estados Unidos, principal fornecedor de ajuda financeira ao Paquistão, seu aliado chave na região na "guerra contra o terrorismo".
O porta-voz dos dois partidos - respectivamente conduzidos pelo viúvo de Benazir Bhutto, Asif Ali Zardari, e o antigo primeiro-ministro Nawaz Sharif - afirmou que será feito um anúncio oficial ainda hoje.
De acordo com a imprensa, a coligação governamental formada em Março por Asif Ali Zardari e Nawaz Sharif discutiu terça-feira à noite um eventual processo de destituição de Musharraf.
Os dois homens encontraram-se novamente na quarta-feira e terão acordado, segundo os jornais, pedir ao Presidente para sair e, em caso de recusa, preparar uma destituição perante o parlamento antes de Musharraf poder dissolver a assembleia.
"Chegou o tempo de tomar uma decisão definitiva", declarou quarta-feira Ahsan Iqbal, porta-voz da Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), partido de Sharif, que exige há meses a demissão do "ditador Musharraf".
"Temos um compromisso com a nação que exige deixar de ver Pervez Musharraf ocupar a presidência", insistiu Javed Hashmi, vice-presidente da PML-N.
Musharraf, no poder desde um golpe de Estado militar em 1999, perdeu as eleições legislativas de 18 de Fevereiro e o Presidente coabita desde então numa atmosfera conflituosa com um governo que reúne a ex-oposição.
Mas esta está dividida quanto ao papel a reservar ao chefe de Estado: a PML-N exige a sua partida, enquanto outra, sobretudo o Partido do Povo Paquistanês (PPP) de Asif Ali Zardari, principal força do governo, não é hostil a uma coabitação se Musharraf perder algumas prerrogativas.
O caso dos juízes do Supremo Tribunal, em particular, o destino do seu antigo presidente Iftikhar Muhammad Chaudhry, está no centro do conflito entre o ex-general Musharraf e o governo.
A coligação no poder prometeu recolocar nas suas funções os juízes destituídos por Musharraf devido à proclamação do estado de emergência em Novembro de 2007.
Se o parlamento recolocar os juízes, o Supremo Tribunal poderá em teoria voltar a julgar ilegal o novo mandato de cinco anos de Musharraf e iniciar um processo de destituição.
O Presidente Musharraf continua a beneficiar do apoio dos Estados Unidos, principal fornecedor de ajuda financeira ao Paquistão, seu aliado chave na região na "guerra contra o terrorismo".