Açoriano Oriental
Obesidade
Centros de tratamento da obesidade têm de realizar 50 cirurgias por ano
As unidades de saúde que se candidatem à criação de um centro de tratamento da obesidade têm de realizar anualmente 50 cirurgias, revela uma circular normativa da Direcção-Geral de Saúde sobre o processo de candidaturas.

Autor: Lusa/AO online
No caso da obesidade, a média de tempo de espera para a realização, por exemplo, de uma cirurgia de colocação de banda gástrica no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é de 14 meses.

    Em 2007, o Serviço Nacional de Saúde efectuou 963 cirurgias para colocação de banda gástrica, mais do triplo relativamente a 2006.

    "Um número insuficiente", admitiu, em Maio, o director-geral de Saúde, Francisco George, defendendo que "a produção teria de aumentar para o dobro".

    De acordo com a circular normativa da Direcção-Geral de Saúde (DGS), dirigida hoje aos prestadores de cuidados, as unidades que assim o desejem podem candidatar-se a Centro de Tratamento de Obesidade entre 01 e 30 de Setembro, sendo a apreciação da candidatura concluída até 15 de Outubro.

    Findo este prazo, a candidatura, concretizada mediante o preenchimento de um formulário disponível no portal da Direcção-Geral de Saúde, poderá ser efectuada a partir de 01 de Janeiro de 2009.

    A aprovação da candidatura depende de parecer favorável da Direcção-Geral de Saúde.

    Os requisitos exigidos para a constituição de um Centro de Tratamento de Obesidade incluem instalações e equipamentos "com dimensão e resistência adequadas às características e necessidades dos doentes que possuem peso superior a 200 quilos", assim como uma equipa médica multidisciplinar permanente composta por cirurgião, anestesista, enfermeiros, nutricionista ou dietista, endocrinologista ou pediatra e psiquiatra ou psicólogo.

    Terá ainda de ser assegurado o acesso a consulta multidisciplinar de tratamento da obesidade, bem como a serviços de imagiologia "com equipamento certificado para doentes com peso superior a 200 quilos".

    Segundo a circular normativa, a contratualização para 2009 do tratamento cirúrgico da obesidade, por parte do Serviço Nacional de Saúde, apenas poderá ser realizada com unidades cuja candidatura a Centro de Tratamento de Obesidade tenha sido aprovada este ano.

    Além da colocação da banda gástrica, os hospitais efectuam outras intervenções destinadas a resolver os problemas de obesidade mórbida, como o "bypass" gástrico e a gastroplastia laparoscópica, entre outras.

    O Hospital de S. João, no Porto, por exemplo, realizou em 2007 um total de 168 intervenções para solucionar casos de obesidade mórbida, dos quais 117 reconstruções de estômago e 19 "bypass" gástricos.
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