Autor: Arthur Melo
Atualmente, o
clube detém 40% das ações da Santa Clara Açores - Futebol SAD, mas Rui
Cordeiro pretende reforçar essa posição no futuro, como deu conta o
presidente numa carta enviada aos sócios.
“Manter os 40% do CDSC na
sua SAD e lutar, para que, a breve trecho, essa participação, possa vir a
ser aumentada”, anunciou o dirigente que escreveu aos associados em
jeito de balanço dos seis anos como presidente do Santa Clara.
Para
além de ter reafirmado os seus compromissos eleitorais para o ato que
está marcado para o próximo dia 1 de maio, Rui Cordeiro recordou o
trajeto dos últimos seis anos, destacando que juntamente com os
restantes membros dos órgãos sociais do Santa Clara o projeto ‘CD Santa
Clara’ foi encarado “com tremenda responsabilidade e espírito de
missão”, ao mesmo tempo que sublinhou o facto de terem sido alcançados
“os objetivos a que nos propusemos”.
Financeiramente, recordou Rui
Cordeiro, o trajeto, mormente nos últimos três anos, “foram de doloroso
saneamento financeiro”, destacando que o clube “tinha mais de 1,5
milhões de euros de passivo bancário, mais de 1,2 milhões de euros de
dívidas ao Fisco, mais de 200.000,00 mil euros em dívidas à Segurança
Social e perto de 500.000,00 euros em dívidas a fornecedores”.
Como
resultado do trabalho encetado nesta área, o presidente dos encarnados
de Ponta Delgada destaca que no mesmo período o clube conseguiu “a
liquidação total do passivo bancário do valor de 1,2 milhões de euros,
que permite ao Santa Clara ter o seu nome «limpo», no Banco de Portugal,
tivemos vencimento, em 1ª instância, da dívida ao Fisco, que permitiu
ao CDSC, ter a sua situação contributiva regularizada, liquidamos na sua
quase totalidade as dívidas a fornecedores e estabelecemos um acordo
histórico entre o Clube e a SAD que permitirá, em três anos termos, o
pagamento total da dívida”.
O também candidato às próximas eleições,
destaca por isso o “momento histórico” que o clube atravessa, uma vez
que, diz, o Santa Clara “não tem dividas ao Fisco, Segurança Social, não
deve um cêntimo aos Bancos, tem os seus fornecedores em dia, e um
acordo com a SAD que permitirá - embora o objetivo seja encurtar -, o
pagamento total da dívida em 3 anos e tem o seu património livre de ónus
e encargos”, mantendo como objetivo para o seu próximo mandato “manter a
política de saneamento financeiro, permitindo a manutenção das contas
equilibradas e sustentáveis”.
Rui Cordeiro recorda ainda que o Santa
Clara conseguiu requalificar a sua sede social e inaugurar a sua loja
oficial, aproximando “o povo açoriano do seu clube”, vincando que o
clube voltou a ser credível junto dos organismos desportivos em
Portugal, mas também das demais entidades públicas e privadas.
Desportivamente, e com a ambição de poder, no seu terceiro e último mandato como presidente do Santa Clara, “adquirir um espaço próprio destinado a todos os escalões de formação do clube e aberto à utilização do futebol açoriano”.
Rui Cordeiro destaca ainda a subida à I Liga de futebol e o
facto da equipa profissional estar “a caminho da 4.ª época consecutiva
no principal escalão do futebol português”.