Autor: Lusa/AO Online
"Alcançámos alguns resultados positivos no que diz respeito à logística dos corredores humanitários", disse Podoliak, assessor da presidência ucraniana, na sua conta na rede social Twitter.
"Serão feitas mudanças e será dada uma ajuda mais eficaz às pessoas que sofrem com a agressão da Federação Russa", acrescentou.
Sobre outras questões fundamentais, como as relativas a um cessar-fogo, "continuarão os diálogos intensivos", referiu o representante ucraniano, lamentando que nestes pontos, "até ao momento não haja resultados que possam melhorar a situação".
O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, considerou, por seu turno, que esta 3.ª ronda de conversações "não correspondeu às expectativas" de Moscovo.
"Esperamos que da próxima vez possamos fazer avanços maiores", disse numa conferência de imprensa transmitida pelo canal de televisão estatal russo Rossia 24.
Sobre os corredores humanitários, Vladimir Medinsky voltou a dizer que a responsabilidade de não estarem a funcionar é de Kiev, afirmando que espera que comecem a funcionar na terça-feira.
"Dissemos claramente que esperamos que amanhã (terça-feira) estes corredores comecem finalmente a funcionar. O lado ucraniano deu-nos garantias disso", afirmou o chefe da delegação russa, citado pela agência de notícias Interfax.
Antes do início do encontro, que decorreu na Bielorrússia, perto da fronteira polaca, Vladimir Medinsky tinha dito que os negociadores iam discutir três blocos de questões, nomeadamente, "resolução da política interna, aspetos humanitários internacionais e resolução de questões militares".
Esta ronda de conversações aconteceu depois de hoje, pela terceira vez consecutiva, terem falhado as retiradas de civis previstas, devido à violação do cessar-fogo, com ambas as partes a culparem-se mutuamente pelo incumprimento do acordado.
A maior parte dos corredores humanitários propostos por Moscovo para retirar civis das cidades sitiadas pelo exército russo seriam estabelecidos através de território da Bielorrússia, aliado do Kremlin, segundo o Governo da Ucrânia, que considera essa solução inaceitável e defende que as pessoas devem poder ser retiradas para território ucraniano.