Açoriano Oriental
Região quer formar mais médicos de medicina geral e familiar

 O Diretor Regional da Saúde, Berto Cabral, considerou ontem “fundamental” a formação de médicos direcionada para a urgência, emergência e até para a medicina em zonas remotas.

Região quer formar mais médicos de medicina geral e familiar

Autor: AO Online

Foi no encerramento, esta sexta-feira, das Jornadas promovidas em Angra do Heroísmo pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Berto Cabral reiterou a ação do Serviço Regional de Saúde nesse sentido, com o reforço e a dotação do plano de formação da DRS, “para melhorar a oferta em áreas que poderão aumentar as competências para o exercício de funções que não as dos especialistas em Medicina Geral e Familiar, sempre que os médicos estejam dispostos a assegurá-las”.


“Sabemos das dificuldades que muitos MGF têm em assegurar estes serviços, especialmente quando a sua formação especializada não os prepara para tal”, considerou.

O Diretor Regional da Saúde justificou a iniciativa do governo nesta matéria com “a condição arquipelágica, com a dispersão geográfica, a pouca população em algumas das nossas ilhas, mas com a necessidade de garantia de prestação de cuidados de saúde em todas elas nas 24h do dia, nos 365 dias do ano”. 


Considerou, ainda, que ser MGF em muitas das ilhas dos Açores é particularmente exigente: é preciso assegurar as urgências, o acompanhamento dos internados e até o desempenho de funções nas delegações de saúde”, sublinhou.


Em termos práticos, Berto Cabral anunciou “a alteração dos quadros regionais de ilha na Graciosa e em Santa Maria, com a introdução de vagas para especialistas em Medicina Interna. Sabemos da importância de aumentar a diferenciação nos cuidados prestados nas ilhas sem hospital, onde há unidades básicas de urgência e internamento, e pretendemos que os quadros de outras ilhas também prevejam a existência destes especialistas”.


O Diretor Regional da Saúde admite que “poderá ser difícil dotar muitas ilhas sem hospital com especialista de Medicina Interna, o primeiro passo teria de ser sempre a criação dos lugares nos Quadros Regionais de Ilha, algo que já está a ser feito. Posteriormente serão abertas as vagas a concurso ou ficarão disponíveis para alguma mobilidade que seja pretendida por um médico”.


Berto Cabral lembrou que a Região criou legislação com fortes incentivos à fixação de médicos no arquipélago e está a trabalhar na alteração do trabalho suplementar médico, mas considerou “preocupante”, quando se constata “que ficam vagas por preencher de MGF nos concursos para formação especializada e que há médicos que preferem o exercício enquanto indiferenciados”.


Por outro lado, o Diretor Regional da Saúde considerou que os 30 milhões de euros que vão chegar ao Serviço Regional de Saúde por via do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vão permitir “o investimento na modernização do SRS, na interoperabilidade dos sistemas, na digitalização da saúde, no portal do utente, entre muitos outros. Estes são investimentos significativos e determinantes para a melhoria dos cuidados de saúde, do acesso do utente à saúde e, naturalmente, na melhoria do desempenho ao nível dos cuidados de saúde primários”.


“Queremos que todos os açorianos possam ter médico de família o mais rapidamente possível. Este é um desígnio deste governo”, reiterou.


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