Açoriano Oriental
PS/Açores quer criação de administração exclusiva para a SATA Air Açores

O presidente do PS/Açores defendeu a criação de uma administração exclusiva para a SATA Air Açores e alertou que admitir a insolvência da Azores Airlines pode prejudicar a privatização da companhia aérea

PS/Açores quer criação de administração exclusiva para a SATA Air Açores

Autor: Lusa/AO Online

“Fizemos várias propostas ao Governo Regional. Uma delas é a criação de uma administração para a SATA Air Açores. Nós precisamos de uma administração que esteja focada em resolver e a planear aquela que é a empresa base do grupo SATA”, afirmou Francisco César aos jornalistas, em Ponta Delgada.

O líder dos socialistas açorianos, que esteve reunido com o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e o Sindicato Nacional da Aviação Civil (SINTAC), adiantou que a proposta para a criação de uma administração autónoma para a SATA Air Açores foi feita “pessoalmente” ao presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).

“Se for possível ter uma administração exclusivamente dedicada à empresa, o PS assume também [a posição] no parlamento. Estamos disponíveis para assumir parte dos custos e responsabilidade”, reforçou.

O grupo SATA tem um conselho de administração presidido por Rui Coutinho, que assume a gestão das companhias aéreas SATA Air Açores (responsável pelas ligações interilhas) e Azores Airlines (que opera dos Açores para o exterior).

Francisco César alertou que a SATA “deve estar acima das quezílias partidárias” e defendeu que a insolvência da Azores Airlines não deve ser equacionada.

“Dizer que a insolvência está em cima da mesa é algo que prejudica, até, o próprio processo de privatização. Isso não pode ser ponderado. Não podemos ficar sem essa empresa, mesmo não sendo propriedade da região”, sublinhou.

Na quarta-feira, o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública admitiu que, se a privatização da Azores Airlines não tiver sucesso, a companhia terá de ir para insolvência, o que poderá custar mais de 300 milhões de euros.

Já sobre a greve dos tripulantes de cabine da SATA Air Açores, o líder do PS/Açores considerou que as “duas partes devem fazer um esforço”.

Segundo disse, os “trabalhadores devem perceber que a empresa está numa situação muito difícil e diminuir ao máximo as exigências”, enquanto a administração “tem de fazer um esforço para atender a pequenas revindicações que não tenham determinados custos”.

Francisco César criticou, contudo, a administração da SATA por ter “aberto a caixa de Pandora” ao realizar aumentos salariais a “alguns trabalhadores”, o que levou outros “na mesma posição e com trabalhos semelhantes” a exigir o mesmo aumento.

“Quando se abre a caixa de Pandora para satisfazer uma determinada reivindicação do momento para evitar uma greve, é preciso ter consciência e é preciso ser um bom gestor para saber que isso, necessariamente, vai condicionar outros trabalhadores nas empresas do grupo SATA”, afirmou.

Os tripulantes de cabine da Sata Air Açores vão estar em greve de 18 a 24 de julho, reivindicando uma valorização salarial e melhores condições de trabalho a bordo das aeronaves.


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