Covid-19

População residente em Portugal com imunidade de 86,4%

A população residente em Portugal com mais de um ano de idade tem imunidade contra o SARS-CoV-2 de 86,4%, “valores consistentes com a cobertura vacinal”, segundo os dados da terceira fase do Inquérito Serológico Nacional.



Segundo os dados do estudo promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), as regiões do Algarve e dos Açores foram aquelas em que se observou uma menor seroprevalência total (80,2% e 84,0%, respetivamente).

“Em relação às características da população, destaca-se a seroprevalência total mais elevada na população entre os 50 e os 59 anos (96,5%), nos indivíduos com ensino superior (96%) e nos indivíduos com duas ou mais doenças crónicas (90,8%)”, refere o INSA em comunicado.

Os dados adiantam que os grupos etários abaixo dos 20 anos foram aqueles em que se observaram seroprevalências totais mais baixas (17,9% entre 1-9 anos e 76,8% entre os 10-19 anos).

Segundo o estudo, a seroprevalência (o nível da imunidade da população para a infeção) relacionada com uma infeção anterior foi de 7,5 %, sendo o grupo etário 1-9 anos aquele em que se observou uma imunidade total mais baixa, que se deveu a uma infeção anterior.

Relativamente à imunidade pós-infeção, os resultados indicam “valores globalmente mais baixos” do que os obtidos na 2.ª fase do inquérito (7,5% versus 13,5%), o que, provavelmente, se encontra relacionado com o decaimento de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 ao longo do tempo, adianta o INSA.

Os dados revelam também que o nível de anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2 “foram mais elevados nas pessoas com três doses de vacina e naquelas que foram vacinadas” e tiveram covid-19, “tendo sido os valores mais baixos estimados para o grupo de pessoas com uma dose única de vacina”.

A imunidade foi mais elevada no grupo de pessoas que referiram ter sido vacinados com as vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna).

Relativamente aos antecedentes de covid-19, 27,2 % dos participantes reportou ter tido contacto com um caso suspeito ou confirmado de infeção. Do total dos inquiridos, 68,5% referiu ter realizado previamente um teste de deteção de SARS-CoV-2 e 12,9 % disse ter tido uma infeção prévia pelo coronavírus.

O estudo conclui que “os resultados obtidos são consistentes com a atual situação epidemiológica, cobertura vacinal e com os dados obtidos nos estudos de efetividade vacinal”.


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