Autor: Lusa/AO Online
“As atuais
atribuições da Estrutura de Missão do Plano Nacional de Leitura (PNL) e
do Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) serão
integradas no novo Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação,
prosseguindo os respetivos projetos PNL e RBE de promoção da leitura”,
informou hoje o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), em
resposta a dúvidas levantadas pela Associação Portuguesa de
Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação
(Bad). A Bad enviou uma
carta ao ministro da Educação mostrando-se preocupada com a anunciada
reestruturação dos dois organismos e pedindo esclarecimentos sobre o
futuro dos projetos que até agora eram levados a cabo pela RBE e pelo
PNL Na carta, a presidente da associação,
Ana Alves Pereira, sublinha a relevância da RBE e do PNL “enquanto
projetos estruturantes e de reconhecido impacto na educação, na cultura,
na formação de leitores e no desenvolvimento da literacia e da
cidadania em Portugal". Há cerca de um mês,
o Governo anunciou uma reforma no MECI, com a extinção de dez entidades
e a criação de três novas estruturas, sendo uma delas o Instituto de
Educação, Qualidade e Avaliação, que irá agora integrar a Direção-Geral
da Educação, o PNL, a RBE e o Instituto de Avaliação Educativa. "Questionamos
como pretende o MECI integrar e valorizar a RBE na nova estrutura
organizacional, de modo a potenciar o seu papel para o sucesso escolar, a
promoção da leitura e das literacias e o desenvolvimento da cidadania
dos alunos", refere a associação, que também quer saber como “será
assegurada a continuidade do PNL na nova estrutura”. O
programa da RBE foi criado em 1996 para “instalar e desenvolver
bibliotecas em escolas públicas de todos os níveis de ensino,
disponibilizando aos utilizadores os recursos necessários à leitura, ao
acesso, uso e produção da informação em suporte analógico, eletrónico e
digital". O PNL foi lançado uma década
depois como "resposta institucional à preocupação pelos níveis de
literacia da população em geral e em particular dos jovens,
significativamente inferiores à média europeia", segundo a resolução de
Conselho de Ministros que o criou.