Açoriano Oriental
Festivais de verão com medidas extraordinárias devido a constrangimentos no hospital

Direção Regional disponibiliza meios no local a quatro festivais de verão em São Miguel para evitar “fluxos anormais” aos serviços de urgência

Festivais de verão com medidas extraordinárias devido a constrangimentos no hospital

Autor: Carolina Moreira

O diretor regional da Saúde, Pedro Paes, revelou que o Governo Regional decidiu disponibilizar uma resposta extraordinária a quatro festivais de verão em São Miguel que permita evitar “fluxos anormais” de pessoas aos serviços de urgência, tendo em conta os atuais constrangimentos sentidos na sequência do incêndio de 4 de maio no Hospital de Ponta Delgada.

Em declarações ao Açoriano Oriental, Pedro Paes explica que “o que nós equacionámos para os festivais de verão, atendendo ao maior aglomerado de pessoas que estamos a prever, foi dar algum tipo de resposta que servisse como mais uma solução e um alívio ao sistema de resposta no serviço de saúde que existe atualmente” na ilha.

Com base num sistema de avaliação de risco, a Direção Regional da Saúde selecionou quatro festivais na ilha de São Miguel - Festival do Chicharro que já começou na Ribeira Quente, o Bliss Vibes em Vila Franca do Campo, o RFM Beach Power e o Monte Verde na Ribeira Grande - a quem disponibilizou, sem qualquer obrigatoriedade, uma equipa de profissionais de saúde.

Pedro Paes justifica a escolha com o facto de considerar que “eram os que tinham um potencial de risco mais elevado e para os quais tínhamos capacidade de resposta em termos de recursos humanos e logísticos”, numa ação realizada em parceria coma Cruz Vermelha Portuguesa que também estará no local.

“Atendendo ao curto espaço temporal, no festival do Chicharro tivemos alguns constrangimentos de recursos humanos. Ainda assim, conseguimos garantir um efetivo de dois enfermeiros e um tripulante de ambulância e socorro (TAS) que estarão numa estrutura anexa ao posto de saúde da Ribeira Quente e que vem dar uma resposta concertada com o efetivo  dos bombeiros que  o próprio evento já tinha contratualizado”, explica o diretor regional.

Quanto aos restantes três eventos, Pedro Paes afirma que “ainda estamos numa fase de avaliação”, mas adianta que a intenção é “aumentar um pouco este efetivo, trazendo também a figura de um médico que possa dar uma avaliação e uma resposta um pouco mais diferenciada no local e até aumentar a equipa de enfermeiros, se necessário, e TAS”.

Pedro Paes ressalva, no entanto, que a “resposta dada no local será uma resposta de primeira linha, uma primeira avaliação, e para situações de baixa complexidade”. “Todas as soluções de elevada complexidade, gravidade ou necessidade até de outro tipo de intervenção continuam a ser referenciadas aos serviços de urgência das unidades de saúde e do hospital da CUF”, aponta.

O diretor regional destaca que o intuito do Governo é, mais tarde, elaborar “um documento mais robusto e que permita uma adaptação e disseminação por todo o território regional” desta resposta, “mediante a aplicação destes critérios de seleção e enquadramento em escalões de risco”, o que envolve “recursos humanos e logísticos, por isso tem de ser uma resposta planeada e enquadrada que tenha algum potencial de aplicação”, ressalva.

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