Autor: Lusa/AO Online
Na carta, assinada pelo dirigente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, são apontadas as consequências provocadas pela pandemia e a necessidade de serem tomadas "medidas a favor dos agricultores, nomeadamente a antecipação das ajudas e a adoção de medidas de mercado".
"Nesta carta, apela-se ao apoio dos deputados europeus às organizações de produtores para que a Comissão Europeia desencadeie os mecanismos necessários capazes de promover o setor agrícola através da antecipação dos pagamentos das ajudas aos agricultores até 15 de agosto, em 85% para os pagamentos diretos e 90% para o desenvolvimento rural", lê-se no documento, também enviado à comunicação social.
Segundo a Federação Agrícola dos Açores, "tem sido usual nos últimos anos, a União Europeia antecipar as ajudas aos agricultores até 16 de outubro em 70% para os pagamentos diretos, e de 85% no desenvolvimento rural".
Agora, além de se reivindicar "uma antecipação em cerca de dois meses", a Federação Agrícola dos Açores apela igualmente "ao aumento das percentagens usualmente aplicadas".
No âmbito das medidas de mercados, os agricultores açorianos defendem que "são necessárias ações que permitam salvaguardar as perturbações previsíveis nas área do leite, carne, setor do vinho e hortoflorifrutícola".
"Essa reivindicação é mais do que justa e necessária, e a sua não satisfação traduzir-se-á na falência de muitos produtores, colocando em causa a sustentabilidade económica, social e territorial das zonas rurais, nomeadamente das regiões ultraperiféricas", sublinha o texto assinado por Jorge Rita.