Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado, a delegação da ilha de Santa Maria da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada - Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria (CCIPD) mostrou-se “muito preocupada com os graves constrangimentos logísticos que a ilha de Santa Maria continua a enfrentar” em matéria de transportes marítimos.
Segundo a CCIPD, a situação deve-se à inexistência de um acordo de ‘slot’ entre o operador de tráfego local e os armadores de cabotagem insular, que operam as ligações entre os Açores e o continente português, e à “operacionalidade limitada” do porto de Vila do Porto.
Na nota, a associação empresarial refere que após a inauguração das obras de reestruturação do porto, na semana passada, constatou, com surpresa, que o Edital que limita a operação se manteve em vigor.
Adianta que “as limitações de operação do porto mantêm-se, designadamente navios com mais de 100 metros de comprimento ou com calado superior a seis metros continuam impedidos de escalar o porto de Vila do Porto”.
A delegação da CCIPD considera “inaceitável que se mantenha esta proibição quando o porto foi projetado e homologado pelo Instituto Hidrográfico para receber navios até 132 metros e com calado de sete metros”.
Para a direção desta associação empresarial açoriana é “imprescindível que o Governo Regional tome as medidas necessárias para garantir uma operação marítima semanal à ilha de Santa Maria, sem acréscimo de custo para os utilizadores e com garantia de proteção da carga em caso de perda da mesma durante a operação marítima”.
“A resolução destes constrangimentos é vital para a competitividade das empresas e para a qualidade de vida da população da ilha”, concluiu.
O executivo açoriano inaugurou, na quarta-feira, as obras de requalificação do porto de Santa Maria, num investimento de 24 milhões de euros, durante uma visita estatutária do Governo Regional à ilha.
A intervenção contemplou obras de reparação dos mantos de proteção da cabeça e do molhe, repavimentação da plataforma do cais e reabilitação das infraestruturas do porto, que foi afetado pelo furacão Lorenzo em 2019 e pela tempestade Efrain em dezembro de 2022.