Açoriano Oriental
Câmara de Ponta Delgada vai compensar comerciantes pelo encerramento de ruas

O presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), Mário Fortuna, disse ter a “garantia” de que o município vai compensar os comerciantes prejudicados pelo encerramento de ruas ao trânsito no centro histórico.

Câmara de Ponta Delgada vai compensar comerciantes pelo encerramento de ruas

Autor: Lusa/AO Online

“A Câmara manifestou a intenção de quem for objetivamente prejudicado ser compensado. Vamos recolher mais informações para fomentar alguma sugestão adicional”, afirmou Mário Fortuna à agência Lusa.

E reforçou: “Tendo a garantia de que alguns comerciantes, objetivamente prejudicados, serão compensados também ajuda porque fica só faltar a operacionalização deste propósito”.

A 03 de dezembro, foi anunciado que, de 09 de dezembro até 02 de janeiro de 2022, a circulação automóvel estaria interditada em várias ruas do centro histórico de Ponta Delgada, tendo sido disponibilizados três autocarros gratuitos para fazer a ligação, aos sábados, entre os parques de estacionamento e o centro da maior cidade açoriana.

Na sequência dessa decisão, um grupo de 50 comerciantes do centro de Ponta Delgada entregou à Câmara Municipal um abaixo-assinado a pedir a “reabertura imediata” das ruas encerradas ao trânsito no período festivo.

Mário Fortuna destacou que a CCIPD emitiu um “parecer com reservas” à iniciativa do município e avançou que aquela associação empresarial vai realizar um inquérito para “apurar com mais precisão os impactos” das mudanças ao trânsito no centro da cidade.

“O primeiro sinal que temos por parte de alguns comerciantes é de que as vendas poderão estar a ser afetadas de alguma forma por estes encerramentos. Por outro lado, outros também dizem que a situação está igual ou até está melhor do que em anos anteriores. Há um misto de reações”.

O empresário e professor universitário considerou que o processo de “pedonização” de Ponta Delgada pretende “melhorar as condições do centro da cidade”, mas realçou que se trata de um “processo complexo”.

“O processo foi feito com alguma rapidez e por isso mesmo as expectativas não são coincidentes. Com mais algum tempo de maturação do processo, as coisas talvez tivessem sido mais bem consensualizadas”, afirmou.

A 16 de dezembro, vários comerciantes criticaram à Lusa o encerramento de ruas de Ponta Delgada que, defenderam, afastou os clientes da baixa.


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